Peritos identificam 22 novos tipos de drogas circulando em MS
Quase 70% dessas novas substâncias foram descobertas entre 2013 e 2017
27 FEV 2019 • POR Da redação com Dourados News • 19h57Em dois anos, foram identificados 22 novos tipos de drogas circulando em Mato Grosso do Sul. As análises foram feitas pelos peritos do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf) entre 2017 e 2018. Esse número sobe para 34 se levado em consideração que a equipe fez a primeira identificação em 2014.
A descoberta feita pela Perícia Oficial do Estado sobre essa nova atuação de traficantes repercutiu nacionalmente, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluindo os entorpecentes em uma lista de alerta para autoridades de todo o Brasil e ainda reportando para instituições internacionais.
De acordo com o site Dourados News, as novas drogas foram identificadas como ADB-Fubinaca (do grupo canabinoides sintéticos); 4-Fluoro-PHP, Dibutilona, MDPPP e N-Etilpentilona (Efilona) – que são do grupo catinonas sintéticas -; ainda 25B-NBOH, 25B-NBOMe, 25C-NBF, 25C-NBOH, 25C-NBOMe, 25E-NBOH, 25I-NBF, 25I-NBOH, 25I-NBOMe, 25C-B, 2C-I, DOC (do grupo feniletilaminas); DMT, MIPT e N,N-Dimetiltriptamina (do grupo triptaminas); além de Fentanil e Furanilfentanil (do grupo outras substâncias psicodélicos, opioides, sedativos/hipnóticos, estimulantes).
As novas substâncias psicoativas (NSP) identificadas em MS foram apreendidas em diferentes ações das Polícias Civil, Militar e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF). Quase 70% dessas novas substâncias foram descobertas entre 2013 e 2017.
No Brasil, o mercado ilegal se concentra em drogas do tipo feniletilaminas, canabinoides sintéticos, catinonas sintéticas, triptaminas, substâncias do tipo fenciclidina, substâncias de origem vegetal e outras substâncias (opioides, sedativas/hipnóticas, estimulantes e alucinógenas clássicas).
O uso dessas novas drogas pode causar convulsões, agitação, agressão, psicose aguda, desenvolvimento de dependência e até a morte. Ainda estão sendo realizados estudos para tentar identificar o potencial de risco para causar câncer e o nível de toxicidade desses novos entorpecentes. “A identidade da droga consumida é, por vezes, desconhecida ou mascarada, levando a efeitos imprevisíveis”, aponta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O resultado disso na saúde pública é o atendimento de emergências em hospitais.