Somos um mercado "muito fiscalizado" diz diretor do Sinpetro
Os valores da gasolina chegaram a uma redução no início do ano e podem voltar a subir devido o aumento da Petrobras
7 FEV 2019 • POR Rayani Santa Cruz • 09h50A Petrobras anunciou aumento de 1,57% no preço médio da gasolina nas refinarias e nesta semana, o preço médio do litro da gasolina passou de R$ 1,4758 para R$ 1,4990, enquanto o diesel se manteve em R$ 2,0198. No dia 1° de fevereiro, a empresa reduziu em 0,99% o preço da gasolina e manteve inalterado o preço do diesel.
Para saber mais sobre essa questão de preços e como isso atinge o consumidor com o valor vendido na bomba, a equipe de reportagem do JD1 Notícias entrou em contato com Edson Lazaroto, diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro).
Questionado se a política de preços da Petrobras é a principal responsável pela queda ou aumento dos valores nas bombas, Lazaroto, diz que a política de preços e a forte concorrência existente em postos de combustíveis, principalmente em capitais como Campo Grande, são os responsáveis.
“Os aumentos ou quedas nos preços são definidos pela Petrobras, em função da variação do dólar e do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Estas variações nos preços são repassados para as distribuidoras, que por sua vez revertem ao revendedores (postos) que decidem se transmitem ou não (individualmente) ao consumidor”, explicou o diretor executivo do Sinpetro.
A Petrobras adotou novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho de 2017. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente, refletindo principalmente os preços internacionais e o câmbio.
As fiscalizações para que não haja um "cartel" entre postos da capital, são realizadas por equipes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Conselho De Administração e Desenvolvimento Econômico (CADE) e por vezes, o Procon-MS.
Em Campo Grande o preço médio da gasolina está em R$ 3,92 , o preço mínimo: R$ 3,79 e máximo chega a R$ 4,16 - dependendo da forma de pagamento.
De acordo com Edson Lazaroto, alguns empresários estão abrindo mão de bandeiras para reduzir o preço. “Diante da forte concorrência existente, os revendedores procuram diversas alternativas para melhor se posicionar no mercado, e trocar de bandeira é uma das alternativas”, disse.
Concluindo, o diretor do Sinpetro disse que as expectativas do revendedores de combustíveis em todo o Mato Grosso do Sul, é de que o governo unifique os impostos, passe a realizar visitas orientativas (por meio de seus órgãos fiscalizadores) e não punitivas como está acontecendo. Segundo ele, esse fato gerou o fechamento de diversos postos e, consequentemente, de mão de obra. “Somos um dos mercados mais fiscalizados e um dos que mais contribuem para a arrecadação de impostos, mas, a expectativa é de mudanças e o empresário está otimista”.