Polícia

Líder de quadrilha sul-mato-grossense é alvo da polícia

Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", é um dos principais concorrentes do traficante “Marcelo Piloto”

17 JAN 2019 • POR Da Redação com Assessoria • 09h39
Policiais estão cumprido 18 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul na operação "Bad Family" - Reprodução/Internet

Policiais civis do Rio de Janeiro cumprem nesta quinta-feira (17) 19 mandados de prisão preventiva contra acusados de integrar uma quadrilha especializada no tráfico interestadual de drogas e armas. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul na operação "Bad Family".

Segundo a Polícia Civil, até as 7h30 da manhã, dez pessoas já tinham sido presas. O grupo é acusado de fornecer drogas, armas e munições aos complexos do Alemão, Maré, Lins e Jacaré, na capital fluminense, informou a polícia.
 
A quadrilha seria capitaneada por uma família de Paranhos, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, que também atua no agronegócio e que utilizava uma fazenda para servir de entreposto de recebimento e distribuição de armas e munições.
 
O negócio agrícola da família também é, segundo a Polícia Civil, usado na lavagem do dinheiro obtido com o comércio ilícito.
 
Segundo o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP (Delegacia de Polícia) do Rio, o líder da organização criminosa é o sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", um dos principais concorrentes do traficante “Marcelo Piloto”. "Pelincha" conta com o auxílio direto de sua esposa, irmãos e cunhado na execução das atividades criminosas.
 
Nascido em Mato Grosso do Sul, Edson seria um dos principais concorrentes de Marcelo Pinheiro Veiga, o "Marcelo Piloto", que foi preso em 2017 no Paraguai e extraditado para o Brasil no fim do ano passado.

A quadrilha alvo da operação de hoje movimentava, segundo a polícia, R$ 200 milhões por ano e fornecia até duas toneladas de maconha e 500 quilos de cocaína por dia a facções criminosas do Rio e Espírito Santo.
 
Edson Ximenes já havia sido preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Atualmente, está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto.