Justiça

Promotoria apresenta segunda denúncia contra João de Deus

Nova denúncia está embasada na apuração de 13 supostos casos, dos quais, oito já prescreveram

15 JAN 2019 • POR Da redação com Agência Brasil • 14h39
João de Deus está detido no Centro de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital do estado - Reprodução/Internet

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nesta terça-feira (15) à Justiça estadual a segunda denúncia contra o médium goiano João Teixeira de Faria. Preso em caráter preventivo desde 16 de dezembro, João de Deus é acusado de cometer crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Ele nega ter abusado de frequentadoras do centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).

A primeira denúncia contra o médium foi apresentada pelos promotores que integram a força-tarefa do MP-GO no dia 28 de dezembro e aceita pela Justiça estadual em 9 de janeiro. Hoje, além da segunda denúncia, os promotores apresentaram à Justiça um novo pedido de prisão em nome do médium. João de Deus está detido no Centro de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital do estado.

Segundo a promotora Gabriella de Queiroz, a nova denúncia está embasada na apuração de 13 supostos casos, dos quais oito já prescreveram, ou seja, já não podem mais ser levados a julgamento. Entre as mulheres que se apresentam como vítimas do médium, algumas afirmam ter sofrido abusos sexuais quando eram crianças ou adolescentes. Além de levar adiante a denúncia de cinco das supostas vítimas cujos casos não estão prescritos, os promotores indicarão as outras oito supostas vítimas como testemunhas, anexado seus depoimentos ao processo.

Para o MP-GO, os 13 casos ocorreram entre o início de 1990 e meados de 2018. As vítimas são de oito unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Uma das mulheres que afirmam ser vítimas sofreu abuso em dois diferentes momentos. O primeiro quando ainda era uma criança. O segundo, adolescente.