Política

Prontuário eletrônico é uma das inovações desejadas por Mandetta

Em entrevista, o ministro da Saúde disse que é possível obter avanços no SUS mesmo com crise econômica

11 JAN 2019 • POR Da redação • 09h20
Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde enxerga reformas necessárias para o bom desempenho do SUS - Agência Brasil

Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde participou da série Raio-X da Saúde Pública, transmitido pela Globo News, na quinta-feira (10). O sul-mato-grossense foi entrevistado pela jornalista Christiane Pelajo e falou sobre inovações e desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

Mandetta que é médico e já comandou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, foi questionado sobre os recursos para pasta, já que, o momento é de crise econômica e existe a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece um teto para os gastos. Em resposta o ministro disse que nos últimos anos, houve uma diminuição da busca de saúde pública e aumento da saúde privada pela população, até pela falta de qualidade. Ele cita que 80% da população usa o SUS diretamente e que indiretamente o sistema auxilia os outro 20% que são atendidos no sistema privado, desde a fiscalização da água, fiscalização epidemiológica, aeroportos e alimentos. Para o ministro o SUS está na vida de todos os brasileiros e que deve ser feito no momento é utilizar da equidade, oferecendo serviços a todos os cidadãos independente do nível de complexidade de cada caso, com os recursos disponíveis e planejando formas de prevenção.

O ministro Henrique Mandetta, defende o uso de novas tecnologias para gerir o Ministério e exemplificou a implantação do prontuário eletrônico, integrado ao CPF da pessoa.

“Quem não tem informação não consegue gerir, hoje temos um sistema com dados completamente fora do esquadro para fazer a gestão. Nós vamos ter que atualizar muito rápido, por exemplo, ter um prontuário eletrônico nacional, não importando se você foi atendido pelo sistema privado ou público, temos que ter acesso, banco de dados e independente do cidadão ser atendido no Rio de Janeiro ou no Mato Grosso do Sul, os médicos devem ter acesso ao histórico desse indivíduo, integralizando e uniformizando o atendimento”, explicou Mandetta.

Questionado sobre a situação do médico que trabalha no interior o ministro ponderou que existem diversas situações adversas e que podem atingir muitos outros profissionais. “Eu acho que você tem que ter um caminho dentro do estado, falta estrutura em muitos municípios, pode ser que exista um outro arranjo para enfrentarmos esse problema”, disse.

Finalizando Mandetta afirmou que o desafio do novo governo é estabelecer as reformas necessárias para melhorar a vida da população. Ele comentou sobre  casos de febre amarela, o retorno e aumento de casos de HIV no Brasil e afirmou que não aceita esse tipo de retrocesso na saúde.

“Ou a gente toma posição política ouvindo o reclame da sociedade ou essas reformas não serão plenas”, concluiu o ministro da Saúde.