Vídeo - Assoreamento causa desespero na região do rio Taquari
Ribeirinhos e produtores rurais dependem do rio para chegar até Corumbá, a cidade mais próxima
9 JAN 2019 • POR Da redação • 15h58O assoreamento do rio Taquari é um problema que vem se alastrando há quase três décadas e chegou a um nível “crítico”, é o que diz o presidente do SOS Taquari, Everton José, 37 anos.
Everton procurou o JD1 Notícias para relatar o sofrimento que a população do baixo Taquari, região que abrange aproximadamente 150 km do rio, sofre. “Mais de 200 famílias moram nessa região e dependem do rio para tudo”, disse Everton ao contar o que está acontecendo por lá.
O presidente do SOS é lancheiro, ele transporta produtos e pessoas da comunidade ribeirinha para a cidade mais próxima, Corumbá. A viagem que antes fazia em 12 horas, hoje dura até quatro dias. “São 60 centímetros de profundidade que tenho para passar com minha lancha, são dias de viagem e luta, com empenho até dos passageiros que descem da embarcação para ajudar a empurrar e abrir caminho tirando a areia da frente”, conta. Ele enviou um vídeo que mostra como é toda a viagem até chegar à região, veja:
O problema atinge também os produtores rurais, já que eles dependem do rio para o transporte de gado e produtos produzidos em suas fazendas. Luciano Leite de Barros, 59 anos, proprietário de uma fazenda da região, conta que depende do trânsito das lanchas e com o assoreamento, o número de embarcações disponíveis diminuiu, já que não são todas que conseguem passar, resultando no aumento do frete. “Eu dependo do transporte para trazer produtos para a fazenda e também levar produtos da minha propriedade para comércio na cidade”, relatou.
Luciano conta que o rio, dependendo da altura, torna-se o único caminho para o transporte até a cidade. “Não tem estrada, porque de um lado é o Rio Paraguai, do outro é o Taquari e por causa do assoreamento, o rio está mandando água para fora, está tudo alagado”, relata.
A solução, segundo o produtor, seria o desassoreamento das partes críticas do rio, por parte do poder público. “Só tirando a areia e jogando no barranco, as embarcações poderão circular”, relatou ao lembrar que em anos anteriores, nunca houve um problema tão grave.
Confira algumas imagens cedidas ao JD1: