“Silêncio e desamparo”, queixas da mãe de Gabrielly, um mês depois
Laudo ainda não ficou pronto, somente ele dirá o que aconteceu e poderá apontar o “culpado”
4 JAN 2019 • POR Da redação • 11h44No próximo domingo (6), a morte da pequena Gabrielly Ximenes Souza, completa um mês e a família ainda aguarda por Justiça. Segundo a mãe, Beatriz Ximenes, desde o momento em que sua filha morreu, “estão na mesma”.
Sem laudo e sem o prontuário das internações na Santa Casa, Beatriz contou ao JD1 Notícias que o sentimento é de que as coisas não andam. “A minha força vem de familiares e amigos que não nos deixam desistir de pedir justiça”, disparou ao reforçar que alguém precisa ser responsabilizado pela morte de sua filha.
Tudo, pelo apurado pela redação, depende do resultado do laudo que, segundo a delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (DEIAJ), Ariene Nazareth Murad de Souza, fica pronto apenas no fim do mês. A Santa Casa também aguarda o documento que está sendo apurado. “O laudo do IMOL vai dizer à família o que aconteceu, tem que esperar o laudo, qualquer informação preliminar é especulação”, informou a assessoria do hospital.
Segundo a delegada, o laudo deve ficar pronto no final do mês, já que ela pediu para acrescentar mais os prontuários de Gabrielly, desde a primeira vez que foi ao médico para apurar possíveis problemas de saúde que possam ter causado a morte. A Santa Casa deu até o dia 10 de janeiro para disponibilizar o prontuário da última internação à família, como mostra o documento abaixo:
Com quase um mês sem resposta do que realmente causou a morte de Gabrielly, Beatriz se sente desamparada também pela escola. “Não procuraram ninguém da minha família para dar ao menos condolências”, disse ao reforçar que “isso não pode ficar assim”.
Como ato de protesto diante do “silencio”, a família promove manifestação no próximo dia 6, às 10h. O local de partida será na igreja Batista localizada na Rua dos Poetas, Nova Lima. Com faixas e camisetas com imagens da criança, os manifestantes seguirão a pé até a escola Lino Vilachá, onde devem manifestar por justiça. “A expectativa grande para que, no domingo, todos peçam justiça e ninguém fique impune, não quero que outras mães passem o que estou passando”, concluiu Beatriz.