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Juiz concede prisão domiciliar para João de Deus

Prisão preventiva foi concedida na acusação de posse ilegal de arma; ele continua preso acusado de crimes sexuais

28 DEZ 2018 • POR Da redação com Agência Brasil • 10h30
João de Deus teve substituição de prisão preventiva sob acusação de posse ilegal de arma de fogo - Agência Brasil

O juiz Wilson Safatle Faiad, responsável pelo plantão no Tribunal de Justiça de Goiás, decidiu pela substituição de uma das prisões preventivas contra o médium João de Deus por prisão domiciliar, no caso de posse ilegal de armas. As informações são da Agência Brasil.

O juiz estabeleceu uma série de condições para a concessão da prisão domiciliar, como pagamento de fiança de R$ 1 milhão, monitoração eletrônica, recolhimento do passaporte e desde que não esteja preso por outro motivo. Apesar da decisão, o médium continua preso por causa das acusações de crimes sexuais. Ele nega as acusações. 

Em nota, os advogados do médium destacam que o juiz ressaltou que o cliente "além de idoso, encontra-se com a saúde extremamento debilitada" e que irão continuar apresentando medidas para a liberdade de João de Deus.

No dia 19, policiais civis de Goiás apreenderam pouco mais de R$ 400 mil e cinco armas de fogo em uma das residências do médium goiano. Parte do dinheiro e o armamento estavam guardados no fundo falso de um guarda-roupa, em um quarto de uma das casas que mantém em Abadiânia (GO).

João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou. A defesa dele espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecie o pedido de liberdade depois que o Tribunal de Justiça de Goiás e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram os pedidos de liminar (decisão provisória) para que ele fosse liberado para responder ao inquérito em casa, usando, se necessário, tornozeleira eletrônica.

Na quarta-feira (26), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em que defende que o médium João de Deus permaneça preso.

Ao prestar depoimento, nessa quarta-feira, aos promotores da força-tarefa do Ministério Público de Goiás (MP-GO) que investiga as acusações de crimes sexuais, o médium voltou a afirmar que nunca cometeu nenhum abuso contra frequentadores da Casa Dom Inácio de Loyola e disse não se lembrar das mulheres que o acusam.