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Projeto "Dar a Luz" ajuda mães que desejam entregar filhos para adoção

Intenção é oferecer um serviço de acolhimento e orientação a essas mulheres

24 DEZ 2018 • POR Da redação com assessoria • 17h00
Maternidade Cândido Mariano, localizada em Campo Grande, é referência nacional em ginecologia obstetrícia e UTI neonatal - Divulgação

Está chegando o Natal, época de demonstrar amor, de distribuir carinho e de ficar junto a família. Mas essa realidade pode demorar a acontecer para alguns bebês e seus futuros pais. E para acelerar o processo de adoção existem iniciativas como o Projeto Dar a Luz que garantem que todos os recém-nascidos entregues para adoção na Maternidade Cândido Mariano recebam um lar.

A ideia do Projeto Dar a Luz surgiu quando a juíza Katy Braun, a psicóloga Sandra Regina Monteiro Salles e a assistente social Vanessa Vieira, idealizadoras do programa, perceberam a grande quantidade de mulheres que abandonam seus filhos ou procuram desconhecidos para assumirem sua criação, por não saberem que entregar o bebê à adoção não é crime. O projeto também é uma alternativa para as mulheres que engravidaram sem desejar e cogitam abortar, pois, o aborto, nessa hipótese, não é permitido do Brasil.

Criado em setembro de 2011, o Projeto Dar a Luz foi lançado pela Vara da Juventude, da Infância e do Idoso (VIJI) de Campo Grande, com o objetivo de dar apoio às gestantes que querem colocar seus filhos para adoção. A intenção é oferecer um serviço de acolhimento e orientação a essas mulheres, favorecendo a reflexão sobre o processo de decisão e sobre a importância da entrega responsável.

Na Vara, é disponibilizado à gestante um espaço onde ela é ouvida por uma psicóloga e uma assistente social, recebe orientação sobre como conduzir com responsabilidade a gestação, as implicações de sua decisão, além de orientações sobre como agir diante de eventuais assédios para entregar de forma ilegal a criança. Se o único impedimento da mãe para maternar é a falta de condições materiais, a gestante é inserida na rede municipal de proteção para receber o apoio necessário.

Quem deseja adotar deve estar habilitado na Vara da Infância e Juventude. Após participar do Curso de Preparação à Adoção, os pretendentes serão orientados, avaliados e preparados pela equipe de profissionais da Vara da Infância.