Impacto da estiagem nas lavouras é avaliado pela Aprosoja-MS
Existem regiões do estado que estão com a safra adiantada em relação a outras devido às chuvas
19 DEZ 2018 • POR Da redação com assessoria • 10h46Há cerca de 20 dias sem chuvas em algumas regiões, produtores rurais de Mato Grosso do Sul começam a registrar preocupação junto à Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS). Segundo relatório da Associação a safra na região norte está mais adiantada em relação à fronteira, devido ao volume de chuvas no período de semeadura, que estimulou a extensão do plantio.
As propriedades mais impactadas pela estiagem estão ao sul do estado, podendo potencializar a problemática àqueles produtores que praticaram o plantio entre a segunda quinzena de setembro até primeira semana de outubro, e estão há mais de 15 dias sem chuvas.
“Acendemos o sinal amarelo. Existe sim uma preocupação com essa estiagem, por ela atacar justamente no período de enchimento de grão. Mas registros oficiais de perdas ainda dependem de maior tempo de avaliação, já que nos referimos a diferentes pontos geográficos, com precipitações distintas”, relata o diretor executivo da Aprosoja/MS, Frederico Azevedo.
Segundo o dirigente a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, aponta para possibilidade de chuvas nos próximos dias, o que pode tornar o impacto uma situação pontual. “Ainda é cedo para alarmar os produtores, mas há uma preocupação real com perdas mais localizadas”, sinaliza Azevedo.
De acordo com o vice-presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, agricultores que empregam tecnologias, como o plantio direto, podem ter o impacto da estiagem reduzido. “As lavouras com maior perfil de solo, com manejos mais antigos e que possuem maior massa de plantio direto podem sentir menos a estiagem, uma vez que conseguem reter mais a umidade durante esse tempo”.
Além da falta de chuvas, o registro de altas temperaturas estimulam o alerta aos agricultores. “Em dias com temperaturas acima de 33ºC, ventos acentuando a sensação térmica e tempo de luminosidade alta, teremos agravamento da situação”, completa Dobashi.