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Violência nos presídios aumentou 40% em dezembro, diz sindicato

Agentes penitenciários fazem manifestação e exigem mais segurança e aumento do efetivo

11 DEZ 2018 • POR Da redação • 09h06
A manifestação reúne agentes em frente ao Presídio de Segurança Máxima - Marcos Tenório

Os agentes penitenciários de Campo Grande fazem manifestação em frente a Penitenciária de Segurança Máxima na manhã desta terça-feira (11). O Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap) exige mais segurança para os servidores e aumento de efetivo. Para eles, a violência no ambiente de trabalho é cada vez maior e a prevenção deve ocorrer o quanto antes.

Ao JD1 Notícias, Andre Luiz Santhiago, presidente do Sinsap, disse que a rotina de trabalho dos servidores é a terceira mais perigosa do planeta, e que o setor de segurança pública deve planejar ações de prevenção e não após a ocorrência de violência. “Nós queremos a regulamentação do uso de armamento para a categoria, a fim de visar a própria segurança e aumento de efetivo dos agentes penitenciários e da própria polícia militar que faz a segurança das muralhas”, explicou. 

André Luiz também disse que no mês de dezembro a violência e ocorrências dentro do Presídio aumentam aproximadamente 40%, enquanto os servidores tem apenas o apito. Ele explica que devido ao aumento de visitas e movimentação no local o risco é ainda maior. Para ele, o estado deve garantir a segurança para o servidor, para o dentento e para a familiares que frequentam o ambiente.

“Na semana passada um dos presos confeccionou uma chave com uma lamina de marmitex, dois servidores foram pegos de surpresa e agredidos, é um dos problemas que afetam a rotina, fora o risco de motim e rebeliões que são constantes”, exemplificou o presidente do Sindicato.

O sindicato apontou que no segundo semestre deste ano foram, constatadas sete agressões a servidores. Os casos aconteceram nas cidades de Corumbá, no mês de julho, em Três Lagoas, no mês de outubro e em Campo Grande.

Na capital, os episódios de violência ocorreram no Presídio de Segurança Máxima, sendo dois no mês de agosto, um no mês de setembro e dois nos primeiros dias do mês de dezembro. O número de agressões a servidores penitenciários cresceu exponencialmente.

Os servidores pedem equipamentos de proteção individual, coletes, escudos, caneleiras, capacetes, tonfas, spray de pimentas, bombas de efeito moral, taser, armas letais e não letais, munições, enfim, todos os meios necessários, para garantir e proporcionar segurança efetiva para todos.