Polícia

Vídeo - Emoção no enterro de Gabrielly; autoridades se esquivam da tragédia

O diretor da escola passou rapidamente no velório e disse que "não tem nada a ver com a morte"

7 DEZ 2018 • POR Da redação • 12h12
O velório e sepultamento de Gabrielly Ximenes Souza foi marcado pela dor e a indignação de familiares e amigos - Foto: JD1 Notícias

O enterro da pequena Gabrielly Ximenes Souza, 10 anos, que morreu após ser espancada por três meninas, sendo uma de 9 anos e as outras duas de 14, teve aspectos tão emocionais, quanto permitiu a situação, dar maior elucidação aos fatos. Primeiro, a vergonhosa distância da escola, onde todos estudavam, da tragédia que matou Gabrielly. Segundo, o pai da aluna assassinada, Carlos Roberto Costa de Souza, 40 anos, relatou que ninguém, isso mesmo, ninguém da escola manifestou qualquer tipo de solidariedade ou procurou a família. É como se uma desconhecida tivesse morrido.

O diretor da escola, Olívio Mangoli, passou no enterro com a rapidez de um raio e saiu assim que viu a imprensa chegar. A irmã da pequena Gabrielly ouviu o diretor dizer que “não tinha nada a ver com a morte”. Membro do  Conselho Tutelar de Campo Grande, afirmou ao JD1 que só irão se manifestar "se forem provocados", o que quer dizer oficialmente procurados por alguém com uma reclamação. Ou seja, mesmo diante de um fato tão grave e marcante, preferem a omissão que serem proativos e cumprirem seu papel.

A secretaria de Educação, "acompanha os fatos" à distancia, bem a distancia por sinal. Em nota, reforça que o fato de ter acontecido fora da escola, “a situação foge do alcance da unidade, que realiza uma série de atividades de conscientização sobre o assunto junto aos estudantes, familiares e comunidade escolar em geral”.

A ausência de um gesto de entes públicos, que não demonstram qualquer generosidade ou solidariedade em direção a família da vitima, e a falta de qualquer tipo de atitude que sinalize que medidas serão tomadas para coibir novos homicídios, apenas colaboram para que a sensação de impunidade se acentue. Afinal, essa não é a missão do poder público, e de uma escola pública, a de evitar que seus alunos se portem como animais?

Diretores de escola sempre frisam que sua responsabilidade não se estende às ruas, no que estão corretos, mas os fatos como os que levaram a cabo com o assassinato de Gabrielly, nasceu, e teve toda suas iniciais, inclusive as ameaças, se iniciando dentro de escola? Será que as consequenciais disso, no caso a morte de uma estudante de apenas 10 anos, não serão suficientes para se tomar qualquer espécie de providencia?

Veja o momento do enterro de Gabrielly: