Polícia

Vereadores presos na "Operação Cifra Negra" serão transferidos para penitenciária

Servidores são acusados de ter cometido “crimes do colarinho branco” em licitações fraudulentas

6 DEZ 2018 • POR Da Redação com Assessoria • 08h40
De acordo com o MPMS, a operação se trata de desdobramentos de duas operações anteriores, a "Telhado" e "Argonautas" - Reprodução/Internet

Nesta quinta-feira (6), os vereadores Idenor Machado (PSDB), Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM), presos na "Operação Cifra Negra" serão encaminhados nesta quinta-feira (6) para a Penitenciária Estadual de Dourados (PED).

Além deles, o ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e o ex-servidor da Câmara, Amilton Salina, foram alvos da mesma ação e também serão levados à penitenciária. 

Os cinco passaram a noite no 1º Distrito Policial após depoimentos prestados na sede do Ministério Público Estadual. A expectativa era de que ainda ontem os cinco fossem transportados ao presídio, porém, por questões de logística e horário, acabaram permanecendo na delegacia. 

Investigações 

A ação realizada em conjunto entre a 16ª Promotoria de Justiça e a delegacia do 2º Distrito Policial de Dourados, teve alvos ainda em Campo Grande. Ao todo, são dez mandados de prisão e um de busca e apreensão nas duas cidades, expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Luiz Alberto de Moura Filho.  

 Conforme o Ministério Público, em diversos processos licitatórios realizados nos anos anteriores dentro da Casa, empresas consideradas como "cartas marcadas" se apresentavam e atuavam em conluio. 

Algumas delas, conforme o MPE, existiam apenas no papel para simular uma concorrência legal. “Sem a devida concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”, diz trecho da nota. 

Propinas

Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, para garantir o esquema, essas empresas repassavam na época, valores aos vereadores a título de propina.