Grupo com 423 médicos cubanos desembarca em Havana
Profissionais de saúde que atuaram no Brasil no programa Mais Médicos são chamados de “embaixadores da boa vontade”
1 DEZ 2018 • POR Da redação com Agência Brasil • 11h35Um grupo de profissionais cubanos, vinculado ao programa Mais Médicos, desembarcou em Havana, Cuba. Em dois vôos fretados, 423 médicos retornaram ao país e foram recebidos com faixas, flores e música típica no Aeroporto Internacional José Martí, na capital. Autoridades de várias companhias áreas foram ao local dar as boas-vindas aos profissionais.
O vice-ministro da Saúde Pública de Cuba, Alfredo González Lorenzo, recebeu o grupo com elogios e palavras de apoio. Segundo ele, há estudos que atestam a qualidade e os resultados positivos da atuação dos cubanos no Brasil. O grupo desembarcou nesta sexta-feira (30).
Também estavam no aeroporto Luis Antonio Torres Iríbar, do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e primeiro-secretário do Partido em Havana, o ministro da Justiça, Oscar Manuel Silveira, além de representantes de classe e entidades sindicais.
Em Cuba, os profissionais de saúde que atuaram no Brasil no programa Mais Médicos são chamados de “embaixadores da boa vontade” e ganharam tratamento diferenciado.
Histórico
No último dia 14, o governo de Cuba informou o rompimento do acordo de cooperação para o Mais Médicos por discordar das exigências feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como a necessidade de os profissionais se submeterem ao Revalida – prova de verificação de conhecimentos.
Com a saída dos cubanos, foram abertas mais de 8,5 mil vagas no programa. O governo federal publicou edital para contratação de profissionais. A previsão é que iniciem as atividades a partir de 14 de dezembro.
Depoimentos
O médico Ailenes Céspedes, um dos que retornaram a Havana, disse que voltou com o “orgulho de ter cumprido o dever”. "Jamais esquecerei as palavras, o sentimento das pessoas", acrescentou. "Nunca saíremos do Brasil, porque sempre vamos carregá-lo em nossos corações."
Lazaro Raul Ochoa, que permaneceu por quase dois anos no Espírito Santo, desembarcou com uma fotografia de uma criança sorridente. Segundo ele, a memória que quer guardar.