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PF diz ter achado "lavagem" e "evasão de divisas" em sequência da "Lama Asfáltica"

A PF deflagrou, nesta manhã, a Operação Computadores de Lama; três foram presos, um está foragido

27 NOV 2018 • POR Da redação • 12h39
O superintendente regional da CGU, José Paulo Barbieri, o superintendente da PF, Luciano Flores, o delegado Cléo Mazzotti e o analista da Receita Federal, José Maria de Moraes em coletiva nesta manhã - JD1 Notícias

A Polícia Federal "identificou" dois esquemas utilizados pela organização criminosa presa na manhã desta terça-feira (27), em desdobramento da Operação Lama Asfáltica, para “esconder” os recursos supostamente desviados durante o governo de André Puccinelli. O grupo usaria o sistema de “dólar cabo” e lavagem de dinheiro atrás de notas frias.

O delegado Cléo Matusiak Mazzotti, esclareceu que, nesta fase, está sendo investigada a suposta “evasão de divisas de alguns indivíduos” que, após a deflagração das primeiras fases da Operação Lama Asfáltica, começaram a mandar dinheiro para o exterior. “O sistema detectou o depósito de valores em contas e de laranjas e empresas comerciais, no Paraguai”, disse o delegado que ainda investiga o envio de valores em espécie para o país vizinho. Mazzotti informou que o valor enviado para a conta no exterior gira em torno de R$ 4 milhões.

O dinheiro enviado para o exterior estava no nome de Romilton Rodrigues de Oliveira. Ele era usado como laranja do empresário João Baid. As investigações identificaram Baird como o verdadeiro dono da quantia.

Romilton tentou repatriar o dinheiro para que valor pudesse ser usado no Brasil de forma legal, porém, a Polícia Federal identificou que a quantia era incompatível com sua renda. A operação também identificou o uso de laranjas nas cidades de Dourados e Iguatemi. Segundo Mazzotti, eram usadas empresas comerciais como mercado, empresa de materiais para construção, entre outros, para desvios de recursos públicos. Ao todo, foram bloqueados R$ 22 milhões das contas bancárias dos investigados.

Operação Computadores de Lama

As investigações realizadas estão vinculadas à "Operação Lama Asfáltica", que tratam da prática de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, evasão de divisas, dentre outros, com desvios de recursos públicos federais.

Foram presos hoje o ex-secretáio adjunto de Fazenda, André Cance, o empresário João Baid e o seu sócio Antônio Celso Cortez. Ramilton Rodrigues encontra-se foragido.