Preso hoje, prefeito “deu secretaria para barrar investigação”, diz denúncia
Vereadores podiam indicar nomes no Executivo em troca de respaldo às ações do prefeito
26 NOV 2018 • POR Da redação • 14h26Para ter hegemonia na Câmara Municipal, o prefeito de Ladário, Carlos Aníbal, preso na manhã desta segunda-feira (23) teria entregado o controle da Secretaria de Educação aos vereadores para que pudessem “ampliar a influência local junto aos seus aliados”.
O domínio da pasta se deu após a nomeação de Helder Naulle Paes dos Santos, que também foi preso hoje, como secretário de Educação. Segundo a denúncia, “a nomeação decorreu de tratativas havidas entre os membros da associação, de forma a conciliar os interesses envolvidos e procederia as indicações segundo as indicações realizadas pelos vereadores”.
Secretaria de Saúde
A ex-secretaria de Saúde, Ana Lúcia de Vasconcellos Pereira, denunciou, em sessão na Câmara, supostas irregularidades na pasta decorrentes do lançamento, em folha de pagamento, de gratificações consideradas indevidas, escala de plantão não cumprida, ausência de atendimento médico e falta de medicamentos.
Com a denúncia da ex-secretária, os vereadores pretendiam, por meio de Comissão Parlamentar de inquérito (CPI), apurar as irregularidades. Porém, os membros teriam articulado para que a investigação contra o prefeito fosse “sepultada” com pagamento mensal, em dinheiro, no valor de R$ 3 mil, por vereador, no esquema conhecido como “mensalinho”.
Vereadores presos
Além do prefeito e o secretário, o desembargador Emerson Cafure determinou a prisão dos vereadores Augusto Campos, Lilian Maria de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa, Osvanir Nunes da Silva, André Franco, Agnaldo dos Santos e Vagner Gonçalves.