Polícia

Acusado de tentativa de feminicídio é preso em Dourados

Ele é acusado de ocultar corpo de cunhada e esfaquear esposa no Mato Grosso

23 NOV 2018 • POR Da redação • 10h06
Hugleice tentou matar a mulher esfaqueada após discussão - Reprodução/Facebook

Hugleice da Silva, 35 anos, que esfaqueou a mulher em Rondonópolis (MT), e era considerado foragido foi preso  pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Dourados na noite de quinta-feira (22). Ele que já responde processo por ocultação de cadáver e aborto da cunhada, tentou matar a mulher Mayara Barbosa,  29 anos, com golpes de faca no último domingo (18).

Era por volta das 18h30 quando o suspeito trafegava com um veículo Fiat Pálio pela BR-163, em Dourados. Ele foi abordado pela PRF e durante as verificações foi constatado o mandado de prisão expedido pela 1ª Vara da Família e Sucessões de Rondonópolis por tentativa de feminicídio contra a esposa. Hugleice foi preso e encaminhado ao 1º Distrito Policial onde permanece preso. Ao que tudo indica, ele estava escondido na casa de parentes na cidade.

Em entrevista ao JD1 Notícias ao início da semana, o advogado José Roberto da Rosa, disse que Hugleice iria se apresentar à delegacia de polícia. Segundo ele, o motivo da tentativa de homicídio seria o fato de Hugleice ter visto mensagens amorosas de Mayara enviadas a outro homem (possível amante). "O que culminou com o golpe de faca foi por conta de uma discussão que eles tiveram, devido ele ter localizado no aparelho celular, mensagens trocadas dela com um possível amante. Agora, eu não posso afirmar o teor dessas mensagens porque eu ainda não tive acesso a isso, o que ele me informou é que todo o conteúdo está com ele" explicou.

Caso Marielly

Hugleice é réu no processo que investiga aborto que terminou na morte da cunhada dele Marielly Barbosa Rodrigues, na época com 19 anos, irmã de Mayara. 

Na epoca foi divulgada a suspeita de que Marielly teve um caso com o cunhado Hugleice e ficou grávida. Ele esquematizou o aborto da jovem junto com o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes que cobrou R$ 1 mil para realizar o procedimento. Mesmo tendo ajudado Marielly a abortar, ele sempre negou ser o pai da criança. A defesa também nega o relacionamento entre os dois e alega não ter provas materiais sobre o fato.

No dia 21 de maio de 2011, a vítima saiu de casa e não foi mais vista. A família toda, inclusive Hugleice fizeram campanhas e peregrinações para encontrar a jovem, até que no dia 11 de junho o corpo dela foi achado em um canavial em Sidrolândia.

Hugleice levou a cunhada para a casa do enfermeiro para realizar o aborto. Momentos depois, Jodimar avisou que Marielly havia morrido e os dois levaram o corpo da mesma e dispensaram no canavial.
A Justiça conseguiu descobrir que Hugleice tinha falado com Marielly por telefone no dia do desaparecimento e as provas foram aparecendo.

A empregada do enfermeiro Jodimar confirmou ter visto Hugleice na casa, e a operadora do celular dele indicou a localização em Sidrolândia. A família de Marielly teria mentido ao dizer que Hugleice permaneceu em casa no período da tarde no dia do crime.

O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes e Hugleice foram indiciados por aborto e ocultação de cadáver. Eles permaneceram um tempo presos, e posteriormente conseguiram na Justiça o direito de responder em liberdade.