Política

"Moro fará falta na operação", afirma coordenador da Lava Jato

Sérgio Moro na Justiça é ganho para causa anticorrupção

22 NOV 2018 • POR Da Agência Brasil • 14h24
O procurador garantiu que os esforços da Lava Jato continuam - Agência Brasil

O procurador da República Deltan Dallagnol afirmou hoje (22) que o juiz Sérgio Moro vai assumir o Ministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro com uma agenda voltada para "reformas estruturais, [para] promover avanços”. Um dos coordenadores da Lava Jato, o procurador disse que Moro vai fazer falta na operação.

“Quando eu olho para esse movimento que ele [Moro] fez, é claro que existe uma perda para a Lava Jato. É inegável. Agora, o ganho para a causa anticorrupção é muito maior porque, em Curitiba, o juiz Sérgio Moro estava lutando contra as engrenagens de um sistema que estavam ajustadas para não funcionar contra os poderosos. Agora, o que ele vai fazer em Brasília é mudar essas engrenagens”, afirmou Dallagnol, ao participar do 13º Seminário Internacional da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Acrefi), na capital paulista.

O procurador garantiu que os esforços da Lava Jato continuam, com equipes da Polícia Federal, Receita Federal, Justiça e, ao menos, 60 pessoas do Ministério Público empenhadas nas investigações da operação.

Medidas anticorrupção

Dallagnol disse que, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, está confiante na efetivação do projeto com novas medidas contra a corrupção. “Temos um presidente eleito que, não vou fazer uma análise, não estou fazendo juízo de valor sobre ele, mas vou analisar uma conduta específica. Ele apoia as 10 medidas contra a corrupção. Ele declarou isso, o que é altamente positivo”, disse o procurador, que também apoia o projeto.

Ele disse que, para o Congresso Nacional, foram eleitos 45 parlamentares favoráveis à aprovação das novas medidas anticorrupção. “A sociedade fez a sua parte e, ao contrário do que se imaginava, foi a maior renovação da história”, afirmou Dallagnol.