Brasil

“Momento importuno”, diz ministro do STF sobre reajuste no salário da Corte

Em 2016, a ministra Cármen Lúcia também considerou que não era momento para reajuste

8 NOV 2018 • POR Da redação • 15h31
“Se já não era oportuno em 2016, hoje, com a situação econômica, financeira da União e dos Estados, muito menos”, afirmou Marco Aurélio - Reprodução/ Internet

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, reconheceu não se tratar do melhor momento para o reajuste no salário dos ministros da Corte, aprovado pelos senadores na quarta-feira (7).  

Ao lembrar-se que, em 2016, quando a proposta tramitava no Congresso, a então presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, decidiu que não era momento para aumento, o que adiou a votação no Senado. “Se já não era oportuno em 2016, hoje, com a situação econômica, financeira da União e dos estados, muito menos”, afirmou Marco Aurélio. Ele, no entanto, defendeu que se trata de uma reposição de perdas inflacionárias referentes ao período entre 2009 e 2014.

Questionado sobre se aprovar o aumento em período de alto desemprego não seria inadequado, Marco Aurélio respondeu: “Não vamos parar o Brasil porque ele está numa situação difícil econômica e financeira. Mas as instituições precisam continuar funcionando”.

Reajuste

Por 41 votos a 16, os senadores aprovaram o projeto que aumenta em 16% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e procurador-geral da República. Se o presidente Michel Temer sancionar, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.