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Centro Local de Inteligência promete dar celeridade a processos em MS

O centro foi inaugurado nesta sexta-feira (19), na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul

19 OUT 2018 • POR Da redação • 18h59
“Queremos uma nova face da Justiça Federal no Brasil”, disse o desembargador Nery Junior durante a inauguração do centro - Joilson Francelino

O Centro Local de Inteligência da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, previsto em portaria no dia 30 de maio, foi inaugurado nesta sexta-feira (19), em Campo Grande. O objetivo da Justiça Federal é ter em cada estado um centro que irá subsidiar na questão de precedentes, monitorando processos com pedidos repetitivos sem esquecer da importância social.

Conforme o presidente do grupo operacional, juiz Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva, o centro visa diminuir e dar celeridade aos processos judiciais. “Atualmente nós temos de 30 a 100 processos repetitivos e isso pode ser solucionado de forma mais rápida com o trabalho de gestão” disse o juiz.

Em entrevista ao JD1 Notícias, o desembargador federal Nery Junior, que também é presidente do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), disse que a ideia é colocar a Justiça em plano de vanguarda, com uma gestão de inteligência integrada, com diálogos com órgãos envolvidos tratando de forma igualitária todos os processos.

Atualmente centenas de processos com temas relacionados a omissões, ações mal interpretadas, assuntos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), conselhos de classes e sistema financeiro estão entre os mais citados.

O desembargador afirmou que o sistema judiciário muitas vezes é ineficiente pela falta de gestão e a inteligência visa diminuir a morosidade nos processos. Ele explicou que a cada cinco segundos é elencada uma ação no Brasil e cada vez mais, é necessário que tente ser realizada uma conciliação quando possível e utilizar do avanço dos centros para tratar das demandas.

Ainda conforme o desembargador a grande virtude do centro, é cooperar desde o primeiro grau do processo, com a colaboração do advogado que como, por exemplo, ao entrar com um grande processo coletivo de demandas repetitivas pode informar a inteligência para que as questões sejam tratadas com celeridade.

“Nós queremos uma nova face da justiça federal no Brasil, queremos evitar o processo, dando o tratamento isonômico de forma igualitária, queremos reduzir litigiosidade, assim reduzindo também a morosidade” finalizou Nery Júnior.