Novo leilão do pré-sal arrecada R$ 6,82 bilhões em bônus de assinatura
Todos os quatro blocos oferecidos no certame foram arrematados por gigantes do setor de óleo e gás
30 SET 2018 • POR Da redação • 15h16Na última rodada de leilão do pré-sal deste ano, consórcios liderados por gigantes do setor petroleiro como Petrobras, Shell, ExxonMobil e BP Energy arremataram na última sexta-feira (28) quatro blocos nas bacias de Campos e Santos por R$ 6,82 bilhões. Foram licitados os blocos de Saturno, Titã, Pau-Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde.
Em função do regime de partilha, que é aplicado em todos os leilões do pré-sal, essas empresas ganharam o direito de explorar os blocos porque, além de pagar o preço mínimo estabelecido pela ANP, tiveram de oferecer o percentual mais vantajoso de petróleo a ser direcionado aos cofres públicos.
No certame, os percentuais de petróleo oferecidos à União variaram até 70,2%, no caso do bloco de Saturno (Bacia de Santos), arrematado por um consórcio formado pela Shell (Reino Unido) e Chevron (Estados Unidos). No total, o ágio médio do leilão foi de 170,58%.
De acordo com a ANP, esse é o primeiro leilão na área do pré-sal com todos os blocos arrematados. Com isso, a expectativa é de uma arrecadação com royalties nos próximos anos de R$ 240 bilhões e investimentos na ordem de R$ 1 bilhão com a exploração desses blocos.
Retomada
Na avaliação do diretor-geral da ANP, Décio Oddone, os resultados obtidos com a retomada dos leilões na área do pré-sal desde o ano passado vão consolidar o Brasil como um dos grandes produtores de óleo e gás no futuro.
“As nossas estimativas são que a produção de petróleo no Brasil vai dobrar até 2027 e o Brasil vai ser um dos quatro ou cinco maiores produtores de petróleo no mundo [...] Isso vai ter reflexo não apenas na geração de emprego, mas também na arrecadação [com royalties]”, disse Oddone, em entrevista a jornalistas.
A rodada de leilões encerrada nesta sexta é mais um realizado após mudanças feitas pelo governo federal no marco regulatório do pré-sal. Entre as medidas que deixaram esses certames mais atrativos a investidores nacionais e estrangeiros, está a lei que desobriga a Petrobras em ser a operadora única do pré-sal e também regras que reduziram o percentual de se usar conteúdo local na exploração dos blocos ofertados.