Geral

Invasão causa conflito em Caarapó

A confusão começou no último domingo quando 100 índios invadiram a propriedade rural

28 AGO 2018 • POR Da redação • 15h18
A assessoria da Famasul divulgou uma nota de repúdio sobre o caso - Divulgação/ PM

Os índios Guarani-Kaiowá invadiram a fazenda Santa Maria, localizado no município de Caarapó e causaram conflito com os fazendeiros. Ao todo, 100 índios estão no local e a confusão começou no último domingo (26).

A assessoria de imprensa da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) divulgou na última segunda-feira (27), uma nota de repúdio sobre o caso. 

“Com 143 invasões registradas, sendo 21 apenas em Caarapó, Mato Grosso do Sul tem um número expressivo de produtores rurais que, mesmo tendo adquirido suas áreas de forma legítima e com posse pacífica exercida há mais de meio século, têm seus títulos questionados e suas propriedades invadidas”, destacou a nota.

“São ocorrências que evidenciam a insegurança jurídica vivenciada há décadas em nosso estado, resultante da falta de uma resposta definitiva, por parte do poder público, que garanta a pacificação no campo”, complementou.

A nota diz ainda que a Famasul defende a obediência à lei sem exceção “e por isso, reflete na ausência de medidas equiparadas para os dois lados dessa questão, uma vez que todos os conflitos fundiários registrados em Mato Grosso do Sul são consequências de invasões de propriedades privadas”.

 ”Além de comprometer a preservação do estado de direito, a repetição e permanência dessas invasões potencializam a tensão social e a descrença dos poderes Constituídos”, concluiu a nota divulgada.

A assessoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) respondeu que está acompanhando o caso. "Estamos em fase de apuração das informações. Além disso, acompanhamos o trabalho das demais instituições do estado, na perspectiva de promover e proteger os direitos dos povos indígenas, colaborando com tudo o que for pertinente a sua competência", disse.

 O JD1 Notícias entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), contudo, até o fechamento da reportagem não obteve retorno.