Comissão apura contratação de ex-presidente da Funai e viagem de Marun
O grupo de trabalho se reuniu na última segunda-feira
31 JUL 2018 • POR Da redação, com informações da Agência Brasil • 16h17A Comissão de Ética Pública da Presidência da República irá pedir esclarecimentos ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, sobre viagem a Nova York, em maio. De acordo com notícia publicada pela imprensa, a viagem teria sido custeada pela empresa de João Dória, ex-prefeito de São Paulo.
A comissão se reuniu na segunda-feira (30) e divulgou terça-feira (31), em nota, as deliberações do colegiado.
De acordo com o texto, a viagem foi noticiada pela Agência Spotlight e o colegiado decidiu solicitar esclarecimentos sobre a natureza do deslocamento e a razão pela qual teria sido pago por uma empresa privada, em vez de ser custeada pela Secretaria de Governo.
Conforme a agência, o Código de Conduta da Alta Administração Federal diz que os ministros podem fazer viagens para participar de seminários e congressos, como foi o caso de Marun. No entanto, é preciso que seja tornada pública eventual remuneração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento. O ministro participou do Lide Brazilian Investment Forum. Dória é o fundador do grupo Lide. Procurada, a assessoria de Marun não se manifestou até a publicação da reportagem.
Ex-presidente da Funai
Após analisar reportagens publicadas pela imprensa sobre o ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) Franklimberg Ribeiro de Freitas ter assumido cargo de conselheiro em mineradora no Pará sem cumprir quarentena, decidiu instaurar processo de apuração ética.
“O colegiado decidiu instaurar processo de apuração ética em face de Franklimberg Ribeiro de Freitas, ante a ausência de consulta sobre possível conflito de interesses no exercício de atividade privada nos seis meses subsequentes à exoneração do cargo de presidente da Funai”, explica a nota.
Ex-ministro do Trabalho
A Comissão de Ética Pública também deliberou por pedir esclarecimentos ao ex-ministro do Trabalho Helton Yomura que deixou o cargo no início de julho, depois de ser um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal (PF).