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Agente penitenciário é libertado e rebelião chega ao fim em Curitiba

O agente penitenciário libertado esta manhã foi o último dos cinco reféns a ser solto pelos presos rebelados

5 JUL 2018 • POR Agência Brasil • 11h56
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Os cerca de 180 presos da Casa de Custódia de Curitiba, que estavam rebelados desde o fim da tarde do último domingo (1º), libertaram o último agente penitenciário feito refém e encerraram a rebelião que já durava cerca de 86 horas.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, o motim foi encerrado pouco depois das 8h desta quinta-feira (5). Com os detentos reunidos no pátio da unidade prisional, agentes penitenciários e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) entraram no local para revistar as celas e recontar os custodiados. Uma equipe do Departamento Penitenciário do Paraná também está fazendo uma avaliação preliminar dos danos à Casa de Custódia.

O agente penitenciário libertado esta manhã foi o último dos cinco reféns a ser solto pelos presos rebelados. Outros três agentes já tinham sido liberados nesta quarta-feira (4) a tarde. O primeiro servidor subjugado pelos amotinados já tinha deixado a Casa de Custódia no domingo (8), poucas horas após o início da rebelião. Apresentando ferimentos leves, todos eles foram encaminhados para hospitais próximos, onde receberam atendimento médico.

A Secretaria da Segurança estadual informou que, até o momento, não há registro de presos feridos. A pasta ainda confirmou que a principal reivindicação dos presos era evitar que membros de facções rivais fossem transferidos para unidades prisionais estaduais onde, segundo eles, os membros de organizações criminosas seriam maioria, oferecendo riscos à integridade dos detentos transferidos.

O Departamento Penitenciário do Paraná assegura que já fez um mapeamento da localização de custódia de presos das principais facções e já vem separando os presos a fim de evitar conflitos. A secretaria informou que, em virtude das precauções já adotadas, não há registros de mortes decorrentes de confronto entre facções rivais.

A rebelião começou quando os agentes penitenciários foram rendidos ao fazer a contagem dos presos da Galeria 1. A Seção de Operações Especiais do sistema prisional estadual conseguiu evitar que o tumulto se espalhasse para as outras duas galerias existentes na Casa de Custódia, mas não conseguiu impedir que cinco agentes terminassem em poder dos detentos.

Inaugurada em 2002, a Casa de Custódia é classificada pelo Depen como uma unidade de segurança máxima. Com capacidade para abrigar 500 detentos, e hoje aloja 600.