Tanto o IBOPE, gigante de pesquisas em nível nacional quanto o IPEMS, instituto local com grande credibilidade constataram o mesmo quadro para as eleições em Mato Grosso do Sul. O IPEMS divulgou seu levantamento na sexta- feira pela manhã e o IBOPE na TV Morena no final da tarde do mesmo dia.
Os dois fizeram seu campo de coleta de entrevistas, após a visita do presidente Lula, fato que poderia ter modificado a eleição. Ambos prospectaram praticamente o mesmo resultado, o IBOPE atribuiu em números arredondados 52% a André, e o IPEMS 51%. Zeca teve no IBOPE 36%, enquanto no IPEMS 35.75%.
A semelhança dos percentuais, além de revelar a excelência de empresas locais para realização de pesquisa, deixa claro que a vinda do Presidente Lula e a utilização sistemática de sua imagem pelo PT não teve, até o momento, impacto suficiente para alterar o ambiente da eleição em MS.
Isso por que para chegar no dia 3 de outubro em condições de barrar André, Zeca terá que crescer 0.5% ao dia, para subtrair uma diferença que seu algoz lhe impõe.
A onda de boatos que invadiu a seara política na última semana, quando falavam em uma redução de 8% da vantagem de André para Zeca não se materializou e a diferença de 16 e 15% constatadas pelo IBOPE e IPEMS está inclusive dentro da margem de erro, levando em conta os resultados de pesquisas de ambos os institutos em levantamentos anteriores, ou seja, a diferença pode até ser a mesma de antes.
Influência relativa
As pesquisas revelam também que a eleição no plano nacional ainda não é um fator capaz de alterar rumos de eleições com características próprias nos estados. Por isso, Geraldo Alckmim lidera em SP, onde seu correligionário José Serra já esta atrás de Dilma Roussef, ou seja, um tucano ganha em SP, mas seu candidato à presidência perde. As eleições parecem estar desconectadas.
Com isso, em MS a projeção petista que Zeca acompanharia no crescimento de Dilma mostrou-se até agora fantasiosa.
Em eleição é claro, tudo pode acontecer, mas a caminhada de André rumo à reeleição, venceu mais um obstáculo esta semana. A influência do presidente Lula, até o momento mostrou-se aqui em MS no máximo relativa.
Passeio de Delcídio
A reeleição do senador Delcídio do Amaral deve consumar a maior vitória eleitoral da história de MS. Delcídio mantém-se encostado no patamar de 60% e, computando-se votos apenas válidos, e com os últimos indecisos se definindo, deve romper definitivamente esse índice. Bem abaixo, na casa de 30%, quase metade do número de Delcído, Moka, Dagoberto, e mais atrás Murilo Zauith, duelam pela segunda vaga. Moka parece ter se consolidado como o adversário capaz de bater Dagoberto Nogueira, embora a diferença de Murilo para os dois, em torno de 10% não seja insuperável neste tipo de disputa. Delcídio 15 dias antes da eleição de 2002 tinha 8% atrás de Pedrossian e mesmo assim venceu a contenda.
Em MS a eleição de senador já tem um resultado, Delcídio do Amaral, e mais um.