Cultura

Mostras resgatam 20 anos do Festival Internacional de Cinema e Vídeo

10 JUN 2018 • POR Agência Brasil • 17h23

Os cartazes e toda a comunicação visual do 20º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), na Cidade de Goiás, tem estampada a arte do artista plástico goiano Marcelo Solá. O evento, que acontece na cidade de Goiás, termina neste domingo (10).

A obra intitulada “1999” remete ao ano da realização do primeiro Fica. “É um desenho de memória afetiva, a partir das minhas imagens internas, e com uma característica forte do meu desenho de ação”, disse Solá.

Ele morou dois anos na cidade, na época dos primeiros festivais. Nascido nos anos 70 e com mais de 25 anos de estrada nas artes plásticas, seus desenhos remetem às origens do ato de desenhar, carregados de informações dos seriados de TV, da arquitetura e dos desenhos animados.

O quadro “1999” está exposto, junto com outras obras de Solá, no Palácio Conde dos Arcos. Após o festival, a obra fará parte da coleção do Museu de Arte Contemporânea de Goiânia.

Além das mostras de cinema, quem passou pelo Cine Teatro São Joaquim, também pôde contemplar a exposição Fica 20 Anos “A Força de um Legado”, onde foram exibidos todos os cartazes dos 20 festivais.

Ao longo desses anos, foram homenageados grandes artistas de Goiás, das artes plásticas, da literatura e da fotografia, com projeção nacional, como Siron Franco, Frei Confaloni, Elder Rocha Lima, Cora Coralina, DJ Oliveira, Roos, Paulo Bertran, Antônio Poteiro, Cleber Gouvea, Amaury Menezes, Rui Faquini, José Mendonça Teles, Ana Maria Pacheco, Goiandira do Couto, Veiga Valle, Octo Marques e Gustav Ritter.

Imagens disponíveis

Nas últimas três edições, o Fica trouxe obras dos grandes artistas goianos Rodrigo Godá (2016), Pitágoras (2017) e, agora, Marcelo Solá. No site do festival estão disponíveis as imagens de todos os 20 cartazes do Fica.

Além dessas exposições, diversas outras se espalharam pelos espaços do Fica e da Cidade de Goiás, como as exposições fotográficas “Trocando Olhares”, de Marcelo Dionízio, e “Canadá – Fauna e Flora”, de Rosa Berardo, ambas no Palácio Conde dos Arcos. A exposição “Motirõ – Artes In-Comuns”, que integrou diversas expressões de artistas da região goiana, foi exibida no Pátio do Rosário.

Também faz parte da programação do Fica, no Café Jasmim, a mostra individual de esculturas de Gabriel Caetano. O nome da exposição “Maulik” significa energia elementar. O artista goiano, de 26 anos, diz que há algum tempo idealizava a exposição sobre os espíritos da natureza em Goiás.

“Para mim, esse tema está profundamente ligado à questão ambiental. É um chamado para essa essência primordial que acabamos afastando de alguma maneira. Eu busquei dar um novo significado ao isso”, explicou.

O Fica é uma realização da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte do governo de Goiás.