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"Reis do tráfico" são presos na capital

6 JUN 2018 • POR Da redação • 15h27
O trio havia ido buscar drogas em Corumbá para trazer para Campo Grande - JD1

Amarildo Pereira, 30 anos, Luiz Cesar de Oliveira, 33 anos, e Michael Thales da Cruz Oracio, 28 anos, foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), em parceira com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campo Grande. A prisão aconteceu na terça-feira (5), após os policiais descobrirem que os envolvidos seriam alguns dos maiores comercializantes de pasta base de cocaína da capital. O trio se intitulava os “reis do tráfico”.

O trio havia ido buscar drogas em Corumbá para  trazer para Campo Grande, contudo, foram pegos com 65 kg de pasta base de cocaína – avaliados em R$ 700 mil –, R$ 25 mil e quatro carros. Para tentar sair da fiscalização, os criminosos andavam com a droga em mochilas no meio do mato e, ao passar as vistorias, voltavam para o carro.

De acordo com o inspetor da Polícia Federal, Emerson Souza, os criminosos desviavam das fiscalizações. “Durante o transporte, quando eles se aproximavam das barreiras da PRF ou de outras fiscalizações, dois desciam do carro e se escondiam no mato com as drogas, a pé. Desviando assim das fiscalizações”, contou. 

“Após isso, logo à frente, eles reembarcavam. [Eles] agiam normalmente à noite porque é mais fácil de se esconder. A abordagem foi no momento em que eles tentaram se camuflar no mato. A gente já tinha, mais ou menos, uma ideia do que estava acontecendo e junto com a Denar fizemos uma ação conjunta e conseguimos prender os dois  no meio do mato. O terceiro foi abordado no veículo”, disse o inspetor. 

Segundo o delegado João Paulo Sartori, as investigações aconteciam há algum tempo e o trio era o responsável pelo abastecimento das drogas na capital. “Abasteciam, praticamente, todo o mercado de pasta base de cocaína em Campo Grande. Acreditamos que 90% dos entorpecentes consumidos ou revendidos na cidade eram fornecidos por eles que se intitulam os reis da cocaína”, afirmou. 

Sartori ainda relata que o dinheiro arrecadado no comércio das drogas era “lavado” em apostas de corridas de cavalos.