Onze comerciantes viram réus por atuarem em cartel do gás de cozinha
Os comerciantes são acusados de montar um cartel para controlar a venda e o preço do gás
30 MAI 2018 • POR Redação com informações do Diário MS • 11h58O juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Luiz Alberto de Moura Filho, aceitou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), tornando 11 comerciantes réus das cidades de Campo Grande, Dourados e Nova Andradina.
Os comerciantes são acusados de montar um cartel para controlar a venda e o preço do gás de cozinha em várias cidades do interior, cometendo os mesmos crimes contra a ordem econômica.
O esquema foi desvendado pela Operação “Laisse Faire”, desencadeada no dia 27 de março pela Promotoria de Justiça em Dourados com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o site Diário MS, os réus são Márcio Sadão Kushida, Edvaldo Romera de Souza, César Meirelles Paiva, Rubens Pretti Filho, Mauro Victol, Gregório Artidor Linné, Josemar Evangelista Machado, Daiane Lazzaretti Souza, Rogério dos Santos de Almeida, Diovannna Rossetti Pereira e Hamilton de Carvalho Rocha.
Diovana Rosseti Pereira, é gerente da distribuidora Copagaz em Campo Grande e Hamilton de Carvalho Rocha é gerente da distribuidora da Ultragaz, também na Capital. Rogério Almeida é dono de uma distribuidora de gás de Nova Andradina. Os outros nove réus são de Dourados.
Serão investigadas conversas telefônicas entre os envolvidos e os dados serão encaminhados para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Agência Nacional do Petróleo (ANP), e ao Procon de Dourados, para procedimentos administrativos.
O juiz determinou o desmembramento da ação, já que dos oito empresários presos no dias 27, dois permanecem atrás das grades: Rubens Pretti Filho e Mauro Victol, flagrados também por porte ilegal de arma. Segundo o MP, os dois eram os mais atuantes nas ameaças e coações para fazer valer as normas do cartel.
Segundo a denúncia do MPMS, os empresários do cartel de gás ameaçavam concorrentes para adotarem o preço que o esquema definia. Também sob ameaças, pequenos revendedores eram impedidos de comprar de quem vendia mais barato.