Marun defende direito a manifestação, mas critica bloqueio de vias
Segundo ele, os movimentos começaram com a paralisação dos caminhoneiros, mas agora há infiltrados com interesses políticos
29 MAI 2018 • POR Agência Brasil • 16h09O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta terça-feira (29), que todos têm o direito democrático de se manifestar, seja a favor da intervenção militar ou da volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, mas defendeu que o bloqueio de estradas não é aceitável.
O ministro se referia às manifestações que ocorrem nas estradas que, segundo ele, começaram com a paralisação dos caminhoneiros, mas agora há infiltrados com interesses políticos.
“O Brasil é uma democracia. Pode existir um movimento 'Volta Lula', um movimento 'Fora Temer', pode existir. Isso é da democracia. Um movimento 'Intervenção já'. A democracia protege até aqueles que se manifestam contra a democracia. O que não pode é nenhum desses movimentos trancar estradas e provocar o desabastecimento. Isso é crime”, disse em entrevista coletiva após reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento, no Palácio do Planalto.
Marun lembrou que o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCam), José da Fonseca Lopes, disse ontem (28), que os caminhoneiros estão satisfeitos com o acordo feito com o governo, e que há pessoas infiltradas no movimento dificultando o retorno da categoria ao trabalho. Segundo Marun, em muitos casos "forças indevidas" estão fazendo os caminhoneiros reféns. “Quem está agindo fora da lei tem que sofrer os rigores da lei”.
Entre os pontos negociados entre governo e caminhoneiros que protestam contra o preço dos combustíveis, estão a redução do preço diesel em R$ 0,46 nas bombas pelo prazo de 60 dias e a isenção da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegarem com eixo suspenso.