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Continuidade da greve pode parar 100% das indústrias de MS

25 MAI 2018 • POR Da redação com FIEMS • 08h22
Reprodução/ FIEMS

Na noite de quinta-feira (25), o presidente da Fiems, Sérgio Longen falou sobre a greve dos caminhoneiros realizada há quatro dias consecutivos em todo o Brasil. A greve deve provocar a paralisação total das 6.201 indústrias de Mato Grosso do Sul até esta sexta-feira (25), conforme estimativa de Longen.

O cálculo é feito com base no ritmo de produção dos estabelecimentos industriais do estado, que vem ecaindo desde que a greve começou, na segunda-feira (21). Conforme levantamento realizado pela Fiems junto aos empresários, no terceiro dia de paralisação, 60% das indústrias já tinham parado ou reduzido a produção.

“Nesta quinta-feira, cerca de 80% das indústrias já estão paradas em razão da falta de matéria-prima, que está represada nos caminhões. Se até esta sexta-feira essa matéria-prima não for liberada, 100% das indústrias vão parar. Vai parar total, postos de gasolinas, aeroportos”, afirmou Longen ao questionar a forma como os caminhoneiros prosseguem com a greve.

Na avaliação do presidente da Fiems, a pauta é pertinente e se faz necessário que o governo avalie a política de reajuste de preços dos combustíveis. “Não podemos ficar reféns da Petrobras e, por isso, entendo o intuito da manifestação. Mas interromper a produção de setores que abastecem a sociedade, da forma como está sendo feito, não é correto e com isso não podemos concordar. Temos compromissos a serem cumpridos, as empresas estão parando, os produtores rurais estão jogando leite fora, por exemplo, os animais estão morrendo por falta da chegada de ração, ou seja, é um modelo de greve que traz prejuízo para muita gente e não podemos permitir isso no Brasil”, defendeu.

Questionado, o governador Reinaldo Azambuja descartou reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), sobre o diesel, que hoje é de 17%, como fez no passado, quando baixou para 12%. “Já fizemos isso em acordo com o setor produtivo e de distribuição de petróleo. Baixamos de 17% para 12% para que tivesse aumento no consumo, mas na época não aumentou, tanto que a alíquota voltou. Mas estamos dialogando com o Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), buscando alternativas, ainda que esta seja uma questão a ser resolvida pelo governo federal”, afirmou.