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Energias renováveis já representam 43,5% da matriz energética brasileira

23 MAI 2018 • POR Da redação com FIEMS • 13h16
Reprodução/ Realcenter

A Agência Internacional de Energia revela que, em 2016, as fontes de energias renováveis, como biomassa, hidráulica, eólica e solar, já tem uma participação de 43,5% na matriz energética brasileira, mantendo-se entre as mais elevadas do mundo, com pequeno crescimento devido, particularmente, à queda da oferta interna de petróleo e derivados e expansão da geração hidráulica.

A informação foi apresentada pelo engenheiro-civil Pedro Jara Xavier, com mais de 33 anos de experiência no setor elétrico brasileiro, durante a palestra “Energias Renováveis e Oportunidades de Negócio”, realizada na terça-feira (22) no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, pela Fiems e Senai Empresa como parte da programação de “Maio – Mês da Indústria”.

Ele completa que o potencial brasileiro de geração de energia solar é de 28,5 mil GW (GigaWatts), enquanto o eólico é de 440 GW e o hidráulico chega a 172 GW. No caso da geração fotovoltaica, o Plano Decenal de Expansão de Energia estima que a capacidade instalada de geração solar chegue a 13 GW em 2026.

O especialista ainda detalhou sobre o mercado livre de energia, criado em 1995 com o objetivo de promover a competição no setor. “Nele, os contratos de compra e venda são negociados livremente entre consumidores e geradores. É o ambiente de contratação de energia elétrica no qual o papel do consumidor é ativo, ou seja, ele tem oportunidade de escolher de quem comprar a energia elétrica a fim de buscar melhores condições de preço, prazo, volume e indexador, conforme sua necessidade, com isso, a energia elétrica é tratada como mais um insumo do processo produtivo/ operacional”, afirmou.

Pedro Xavier ainda apontou que os benefícios do mercado livre de energia elétrica são liberdade na negociação diretamente com o fornecedor, possibilidade de adequação da compra de energia ao processo produtivo, melhor divisão orçamentária, preços mais competitivos, possibilidade de alocação da energia entre as unidades industriais, maior possibilidade de gestão do portfólio dos contratos de energia, gerenciamento da energia elétrica como matéria-prima e possibilidade de utilizar energia elétrica de fontes renováveis. “Para que tudo isso se torna uma realidade, é preciso aprimorar o Marco Legal do Setor Elétrico”, cobrou.