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Após sequestros, motoristas de Uber da Capital terão ‘botão de pânico’ nos veículos

Conforme o presidente da Associação Aplicativos de Mobilidade Urbana, Wellington Dias, os carros serão rastreados e monitorados por uma empresa de segurança particular

28 MAR 2018 • POR Da redação • 07h42
Imagem Ilustrativa - Reprodução/ Internet

Após mais dois motoristas do aplicativo Uber serem vítimas de sequestro relâmpago em Campo Grande, os carros passarão a ter “botão de pânico”.  Conforme o presidente da Associação Aplicativos de Mobilidade Urbana, Wellington Dias, os veículos serão monitorados e rastreados por uma empresa de segurança particular, para evitar que a situação torne a se repetir na Capital. 

De acordo com Dias, a associação tem uma linha direta para falar com a Secretaria de Segurança Pública da Capital, no qual todos os detalhes dos acontecidos são informados, porem, ainda assim, sentem-se impotentes com relação à segurança dos motoristas.  “Isso não compete à gente, cabe à polícia investigar e a secretaria tomar as medidas necessárias a respeito do assunto”, disse.

Entretanto, para evitar mais situações de risco enfrentadas pelos motoristas de aplicativos, Dias afirma que todos os carros passarão a ter sistema de monitoramento e botão de pânico para casos de emergências.

 “Nós estamos fechando parcerias com uma empresa privada de segurança que vai instalar em todos os carros dos motoristas, que se colocarem a disposição, um sistema de rastreamento e monitoramento”, contou.

 “Todos nossos carros serão monitorados, rastreados e ainda contarão com um botão de pânico. Esse botão, a partir do momento que for acionado, a central receberá a informação e vai mobilizar uma equipe de apoio de pronto atendimento que monitorará o carro, até que tome um posicionamento, desde que perceba que o nosso motorista não está sendo colocado em risco. Juntamente com isso, será acionado a Secretaria de Segurança Publica para que possa cuidar do caso”, explicou. 

Desde o início deste ano, aproximadamente cinco motoristas da Uber foram vítimas de sequestro relâmpago. Dois desses aconteceram no último final de semana em Campo Grande. 

Sequestro relâmpago

Um jovem, de 26 anos, foi assaltado e feito refém no sábado (24), no Bairro Caiobá. Na ocasião, uma mulher e dois homens amarraram a vítima.

No dia, o rapaz recebeu o chamado informando que a passageira estaria em conveniência situada na Avenida Marques de Pombal e iria até a Rua da Divisão, no Bairro Parati. A mulher informou, durante a viajem, que iria se encontrar com outras duas pessoas para em seguida irem ao Bairro Tarumã.

Chegando no Tarumã, os passageiros resolveram que iriam para o Portal Caiobá, contudo, ao se aproximar do local, o motorista foi rendido pelos criminosos. 

O trio amarrou as mãos da vítima e sob a mira de uma arma, o levaram para um cativeiro. A situação durou aproximadamente três horas até os criminosos o soltaram na Rua do Bairro Chácara dos Poderes, onde conseguiu pedir ajuda de uma pessoa que passava pelo local. 

Outro sequestro relâmpago também aconteceu no último sábado. Desta vez foi com Marco Antonio Fernandes da Silva, de 26 anos. No dia, ele foi acionado para realizar uma corrida, contudo, ao chegar ao local foi rendido por três homens armados e levado até a saída de Sidrolândia, onde posteriormente foi deixado. 

Silva conseguiu acionar outros colegas por meio do aplicativo. O caso foi registrado como constrangimento ilegal.