Campanha ‘Não dê esmola’ é criada em Campo Grande
22 MAR 2018 • POR • 18h26Campanha ‘Não dê esmola’ que visa incentivar as pessoas a não darem dinheiro aos moradores de rua em Campo Grande foi lançada. A proposta é da SAS (Secretaria de Assistência Social) da Capital, e pretende contribuir com as pessoas necessitadas por meio de projetos que os ajudem a serem incluídos na sociedade. A iniciativa foi apresentada nesta quinta-feira (22), na Câmara Municipal.
A ideia da prefeitura Municipal de Campo Grande é dar um olhar mais social e apurado em direção às pessoas que, hoje, se encontram nas ruas. A campanha faz parte do projeto “Campo Grande Acolhedora”, e pretende articular uma rede de proteção e cuidado para pessoas e famílias vulneráveis.
O secretário municipal de Assistência Social, José Mario Antunes, explicou que num primeiro momento abrirá 100 novas vagas em Comunidades Terapêuticas para acolher pessoas em situação de rua e que apresentam dependência de substâncias químicas como álcool e entorpecentes.
O projeto abrirá chamamento público para apoiar as comunidades terapêuticas da Capital que se habilitarem a receber as pessoas em situação de rua e que são dependentes químicos. Os encaminhamentos serão feitos pelas equipes do Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social), que desde a década de 90 realiza busca ativa que identifique a incidência de pessoas em situação de rua, dentre outras.
De acordo com o projeto, o chamamento público será feito através da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais, que formalizará o convênio por meio da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos. Conforme o secretário, atualmente cerca de 25 entidades atuam em Campo Grande como comunidades terapêuticas.
“A finalidade é que essas pessoas acolhidas sejam assistidas dentro de sua integralidade, não apenas para tratar a dependência, mas a partir da superação dela, cada um tenha oportunidades para que haja um resgate dessa vida e que, ao sair da comunidade terapêutica, esse cidadão ou cidadã tenha todo o amparo para que não volte às ruas”, disse José Mário.
Além da ação de abordagem e acolhimento do Seas, a SAS que atua diuturnamente nas ruas da cidade e encaminha as pessoas acolhidas para o Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua) e para o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua lançou recentemente a campanha “Onde a esmola acaba, o direito começa – Não dê esmola”, que busca incentivar as pessoas a não darem esmolas, já que tal atitude colabora para a permanência das pessoas nas ruas e cria a ilusão de que é possível viver da mendicância.