Câmara aprova integração de base de dados sobre violência contra a mulher
A proposta visa integrar as bases de dados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
21 MAR 2018 • POR Agência Brasil • 11h13A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) o projeto que cria a Política Nacional de Informações Estatísticas Relacionadas à Violência contra a Mulher. A proposta visa integrar as bases de dados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com a finalidade de reunir, organizar, sistematizar e divulgar dados sobre condutas que causem morte, dano ou sofrimento às mulheres.
Embora tenha sido originária do Senado, a matéria foi alterada pelos deputados durante os debates na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e, por este motivo, precisa ser analisada novamente pelos senadores. O objetivo do texto é fomentar a transparência, o monitoramento e a avaliação de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.
Na mesma sessão, o plenário aprovou a obrigação de escolas de ensino fundamental e creches oferecerem cursos de primeiros socorros a seus professores e funcionários. O projeto busca evitar a demora no socorro oferecido a crianças em situações de emergência, capacitando os servidores de instituições de ensino sobre as noções básicas de primeiros socorros. Apresentada no início do mês passado, a proposta precisa passar pela apreciação do Senado para que entre em vigor.
Regime de urgência
Os deputados aprovaram também requerimentos para apreciação de projetos em regime de urgência, o que permite tramitação mais célere das matérias. É o caso da proposta que aumenta o capital estrangeiro na aviação civil, acabando com a atual limitação de 20% para empresas internacionais atuarem em companhias brasileiras.
Atualmente, o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) limita em 20% a participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais. De autoria do Executivo, o chamado PL 7425/17 transforma o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em Agência Brasileira de Promoção do Turismo, mantendo o nome de Embratur.
Na justificativa do texto, o governo disse esperar que, “a partir da abertura do setor aéreo ao capital estrangeiro, sejam incluídos o aumento da competição e a desconcentração do mercado doméstico, aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas pelo transporte aéreo regular, redução do preço médio das passagens, aprimoramento de técnicas gerenciais e incorporação de novas tecnologias no processo de gestão das empresas, diversificação de serviços e produtos e uma melhor conectividade da malha aérea doméstica com voos internacionais”.
A expectativa do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), era votar ainda na noite de hoje a urgência do projeto que reduz a desoneração para dezenas de setores da economia, mas o requerimento não foi apreciado devido à falta de acordo entre os parlamentares.