Com três feminicídios em menos de um mês, MS tem em média 14 mulheres agredidas por dia
23 JAN 2018 • POR Da redação • 17h11O ano mal começou e somente neste mês de janeiro 327 casos de violência domésticas e três feminicídios já foram registradas em Mato Grosso do Sul. Os números assustam a população campo-grandense já que, do montante de agressões, pouco menos da metade aconteceram na Capital.
Do número total de ocorrências de violência contra mulher, 101 delas ocorrem em Campo Grande, dentre elas um feminicídio registrado na última segunda-feira (22). Katiuce Arguelho dos Santos, de 31 anos, foi morta com 18 facadas e o principal suspeito pelo crime é seu ex-companheiro da vítima.
Katiuce estava separa há quatro meses, mas ainda mantinha um relacionando com o suspeito. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local do assassinato, encontraram a vítima já sem vida. Foram seis golpes de faca no braço esquerdo, nove no braço direito, dois no pescoço e uma nas costas. A mulher deixou seis filhos.
O primeiro caso de feminicídio do mês aconteceu já após a virada do ano. No dia 1 de janeiro de 2018, na cidade de Nova Alvorada do Sul- 107 km distante da Capital. Flavio Mota Santos Feliz, de 20 anos, matou Maria de Fátima de Jesus, de 34 anos, com cinco facadas nas costas, e em seguida tirou a própria vida. A arma usada para matar a mulher foi apreendida e o caso foi registrado como homicídio e suicídio.
No último domingo (14) mais um registro, desta vez no município de Três Lagoas – 326,1 km distante de Campo Grande. Halley Coimbra Ribeiro Junqueira, de 38 anos, foi brutalmente assassinada pelo ex-marido Renato Bastos Otoni, de 65 anos, com dois tiros na cabeça e um nas costas, na cozinha da casa onde morava com a família.
Halley havia se separado de Renato em setembro de 2017 e estaria brigando na justiça com ele, em razão de desacertos com valores a serem pagos de pensão alimentícia. Ele foi encontrado dias após os assassinato com um tiro na cabeça. A suspeita é de suicídio. Halley deixou três filhas.