Mãe de mulher assinada se diz aliviada após suicídio de genro
Adélia disse que agora poderá atravessar o período de luto "com certa tranquilidade"
17 JAN 2018 • POR Redação com informações do JP News • 08h21O suicídio de Renato Otoni, confirmado na tarde de ontem (16) pela Polícia Civil de Três Lagoas conclui as investigações sobre o assassinato da ex-mulher dele, Halley Coimbra, ocorrido no último domingo (14), na zona Leste de Três Lagoas.
Suspeita-se que o suicídio tenha ocorrido no mesmo dia do crime. O corpo dele foi encontrado com um ferimento por tiro na cabeça, o revólver que pertencia a Renato, encontrado dentro do carro, pode ter sido o mesmo usado na morte de Halley.
Segundo informações do site JP News a mãe de Halley, Délia Coimbra, de 60 anos, disse que agora poderá atravessar o período de luto "com certa tranquilidade". "Ninguém ou nada vai trazer minha filha de volta. Eu sei disso. Mas, estou me sentindo um pouco aliviada com esse fim dele, porque não foi justo o que fez com a minha filha", disse.
Délia ainda afirmou desconhecer os motivos da separação do casal e nem porque Otoni assassinou a ex-mulher. "Não sei. Só sei que ele estava doente e que não aceitava a separação. Mas, não precisava fazer o que ele fez. Minha filha era uma pessoa maravilhosa. Nunca fez mal a ninguém. Muito menos à família", disse.
O casal tinha duas filhas pequenas e Halley era mãe de uma adolescente de 15 anos, que estava na casa na hora do crime.
A avó Délia também revelou que pretende pedir à Justiça a guarda definitiva das netas. "Elas são minhas. São a herança da minha filha para mim", afirmou ao revelar que possui decisão provisória sobre as netas a seu favor.
Ainda em estado de choque, a avó afirmou que irá se esforçar para que as meninas, no futuro, saibam tudo o que ocorrreu. "Elas vão entender que o pai ficou doente e que cometeu um crime por causa desta doença. Eu vou criar minhas netinhas para que elas cresçam bem e em paz, sem ódio de ninguém", disse.
Os policiais indicam a possibilidade de suicídio devido a indícios como o carro blindado estar com todas as portas fechadas e a chave no contato e sentado no lugar do motorista, Renato tinha o braço e a mão esquerdos sujos de sangue.
Os laudos periciais do caso serão feitos pelo Instituto Médico Legal de Andradina em São Paulo e o inquérito comandado pela Delegacia da Polícia Civil de Castilho, cidade em que o carro foi localizado.
A delegada Letícia Mobis explicou que a apuração do "possível suicídio" será feita pela polícia paulista e que a investigação da morte de Halley continuará na Delegacia da Mulher de Três Lagoas. Não há prazo definido para conclusão das investigações.