Finalizada licitação, prefeitura aguarda caixa para iniciar obras no Anhandui
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos espera que a obra comece ainda neste ano
20 OUT 2017 • POR Da redação com Assessoria • 10h23A Prefeitura de Campo Grande divulgou nesta sexta-feira (20) o resultado da licitação para obras de revitalização e controle de enchentes no Rio Anhanduí. Agora, aguarda o prazo de cinco dias úteis para apresentação de recursos e autorização da Caixa Econômica Federal para dar início as obras.
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos espera que a obra comece ainda neste ano, mas o secretário Rudi Fiorese pondera que o período chuvoso deve deixar o trabalho um pouco mais lento pelo menos neste período.
Esta primeira etapa, que inclui também o recapeamento da via que margeia o rio (Avenida Ernesto Geisel, entre as ruas Santa Adélia e Aquário) será executada por duas empresas: dois lotes pela Dreno Construção, com sede no Paraná, e um lote pela Gimma Engenharia Ltda, de Minas Gerais.
O certame atraiu 34 empresas concorrentes e possibilitou a redução de 15,57% na estimativa do custo da obra. O valor dos três lotes, entre as ruas Santa Adélia e Aquário, orçado no edital em R$ 56.118.414,08, caiu para R$ 48.497,999,21, uma redução de R$ 7.620.414,98. O prazo de conclusão é de 18 meses, a contar da assinatura da ordem de serviço.
O lote um (entre as ruas Santa Adélia e Abolição) foi vencido pela empreiteira Gimma Engenharia Ltda, com a proposta de executar a obra por R$ 13.122.999,21. A empresa Dreno Construções arrematou os lotes dois (entre as ruas Abolição e Bom Sucesso), com o orçamento de R$ 13. 400.000,00 e três (da Rua Bonsucesso até a Rua Aquário), no valor de R$ 21.975.000,94, totalizando R$ 35.375.000,00 os dois trechos.
Esta redução de R$ 7,6 milhões no orçamento do projeto, que conta com de R$ 47 milhões do Ministério das Cidades, reduzirá a contrapartida da Prefeitura de R$ 9,1 milhões para, aproximadamente, R$ 4,8 milhões, dos quais R$ 900 mil já estão assegurados com a parceria da Prefeitura com o Governo.
Redução
O lote um, com 14 empresas na disputa, teve redução de 13,61% no orçamento, R$ 2.068.144,96 (de R$ 15.191.144,17 caiu para R$ 13.122.999,21. No lote dois, com 8 concorrentes, a redução foi de 12,72%, R$ 3.203.933,82 ( de R$ 25.178.933,82 para R$ 21.975.000,00). No lote três, que teve 12 concorrentes, o orçamento caiu de R$ 15.748.336,09, para R$ 13.400.000,00 (redução de R$ 2.348.336,09) 14,91%.
Área de intervenção
Esta primeira etapa de revitalização das margens do Rio Anhandui, entre as ruas Santa Adélia e Aquário, se estende por 2,4 quilômetros, somando 4,8 quilômetros nas duas margens do rio, onde a erosão coloca em risco as pistas da Norte/Sul a Avenida Ernesto Geisel. Inclui obras de drenagem, recomposição dos taludes e sistema gabião de canalização, recapeamento da Avenida Ernesto Geisel, ciclovia e sinalização de trânsito.
Projeto antigo
O projeto de revitalização do Anhanduí é de 2011 e teve duas licitações e uma ordem de serviço assinadas e canceladas em 2012. Em 2014, também fracassou a segunda tentativa de licitação. Calculou-se que seria preciso R$ 68 milhões para executar o projeto até o final da Avenida Ernesto Geisel, no Aero Rancho, com R$ 28 milhões de contrapartida.
Com a atualização das planilhas, além de alguns ajustes do projeto, o recurso assegurado por um convênio firmado em 2012 com o Ministério das Cidades (R$ 42,7 milhões em valores corrigidos), será suficiente apenas para executar o projeto entre as ruas Santa Adélia e do Aquário, dentro da capacidade atual da prefeitura, para desembolso de contrapartida.
A obra faz parte de um conjunto de ações para controle de enchentes nos bairros Marcos Roberto, Jockey Clube, Jardim Paulista e Vila Progresso. Foram investidos R$ 26 milhões em rede de drenagem e intervenções em afluentes do rio (os córregos Cabaça e o Areias), que despeja suas águas no Anhandui. O projeto também prevê construção de muros laterais, com placas de concreto e sistema gabião, que permitirá a drenagem e a urbanização com grama.