Brasil

Assassinato de policiais no Brasil é tema de comissão geral nesta quarta-feira

Foram assassinados em todo o País cerca de 800 policiais, de janeiro de 2016 a julho de 2017

4 OUT 2017 • POR Da redação com Assesoria • 10h46
Foto: Uol

O assassinato de policiais no Brasil é o tema da comissão geral que será realizada nesta quarta-feira (04), a partir das 10 horas, no Plenário da Câmara dos Deputados. O debate foi proposto pelos deputados do Efraim Filho (PB), Alberto Fraga (DF) e Sóstenes Cavalcante (RJ).

Os parlamentares afirmam que, de janeiro de 2016 a julho de 2017, foram assassinados em todo o País cerca de 800 policiais. Só na cidade do Rio de Janeiro desde o início do ano, foram mortos mais de cem policiais.

“A onda de assassinatos de policiais militares por bandidos no Rio de Janeiro, longe de ser um fato isolado, é uma realidade presente, em maior ou menor grau, em todo o país”, afirma os deputados no requerimento em que pedem a realização da comissão geral.

Mortos de folga

De acordo com o 10ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2015 foram mortos 358 policiais civis e militares em todo o País. Destes, apenas 91 estavam trabalhando.

“Em Caracas, na Venezuela, considerada a cidade mais violenta do mundo, com 130,5 mortos para cada 100 mil habitantes, 76 policiais foram assassinados em 2016”, comparam os parlamentares no requerimento.

Os deputados reclamam ainda da falta de prioridade para a segurança pública, do desaparelhamento das forças policiais e dos baixos salários.

Foram convidados para discutir o assunto:

- o vice-presidente da Associação Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares (Anermb), Gilberto Candido de Lima;

- o tesoureiro da Associação nacional de Praças da PM e Bombeiros, Everson Henning;

- o coronel da Polícia Militar e membro do Núcleo de Identidade Brasileira e História Contenporânea, Ibis Silva Pereira;

- o primeiro-tenente da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge martins; e

- o capelão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, capitão Enoque Rafael.