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Sinsap acusa o governo em contribuir com a criminalidade nos presídios

“Chega de promessas não cumpridas”, diz presidente do Sinsap

25 SET 2017 • POR Da redação com assessoria • 18h12

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Garcia Santiago, acusa o governo do Estado por contribuir indiretamente para o crescimento da criminalidade. A declaração foi feita nesta segunda-feira (25) um dia após a paralisação que os agentes penitenciários realisaram nos presídios de Mato Grosso do Sul. 

“Como o Estado pode querer manter as rotinas nas cadeias a qualquer custo, tentando passar uma ideia para população que está tudo sobre controle, quando vivemos um verdadeiro caos”, declarou Santiago. 

“Está sendo inconsequente quando permite que um servidor sem nenhuma estrutura de segurança, fique responsável por 900 detentos. O que ele está fazendo é brutalizando ainda mais esses criminosos ao invés de ressocializar”, acrescentou. 

Valorização profissional e melhores condições de trabalho

De acordo com o sindicato, no domingo (24), dia em que os agentes paralisaram e não permitiram que os detentos recebessem suas visitas, pelo menos 1,6 agentes penitenciários dos 17 municípios do Estado fizeram uma paralisação de 24 horas, por valorização profissional e melhores condições de trabalho.

O Sinsap informou ainda, que acompanhou as unidades em todos os municípios e controlou os princípios de motins e demais situações. Santiago lembra que a mobilização dos servidores foi realisado depois de inúmeras tentativas de acordo com o governo. 

 “Queremos um posicionamento do governo, chega de promessas não cumpridas, a categoria aguardar que o Estado chegue a uma decisão definitiva”, cobrou André.