No “aniversário” do PCC, Máxima reforça segurança
Data da criação da facção é "comemorada" neste dia 31 de agosto
31 AGO 2017 • POR Da redação • 14h31O Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande aumentará a segurança nesta quinta-feira (31), dia em que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) faz “aniversário” de 24 anos. A quantidade de servidores na unidade será reforçada.
A data é marcada por atentados. Segundo informações, cinco servidores penitenciários de Mato Grosso do Sul foram jurados de morte pela facção criminosa. Três seriam de Campo Grande, um de Dourados e outro de Naviraí. Eles foram jurados por descobrirem esconderijos, achar drogas e aparelhos celulares nas celas e evitar tentativas de fuga dos criminosos.
Em Mato Grosso do Sul, a Máxima é o presídio com maior número de integrantes do PCC. A unidade é dominada pela facção, pois não existe uma oposição ao PCC.
Segurança redobrada
Diante das ameaças, o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (SINSAP/MS), André Luis Santiago, orienta os servidores a permanecerem em alerta, principalmente hoje. “A ameaça está pertinente há dois meses, mas a orientação é redobrar a segurança”, ressalta.
Santiago relembra o atentado ao servidor de Naviraí em 2016. Um servidor sofreu atentado na data do aniversário da facção. Enquanto deixava o filho na escola, quatro homens em duas motos se aproximaram e atiraram contra ele. “Agora que ele está fazendo tratamento para voltar a andar”, conta.
Para o sindicato o alerta é geral e não apenas para Campo Grande. “Todo o Estado tem que estar em alerta”. Santiago ainda afirma que a posição geográfica do Estado reflete na atuação da facção. “O PCC é muito influente em Mato Grosso do Sul porque aqui é rota de droga”, explica.
Data
O PCC foi criada em 31 de agosto de 1993 por oito detentos no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), o Piranhão.
No início da facção, os criminosos diziam que ela havia sido criada para “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “para vingar a morte dos 111 presos” do Massacre do Carandiru, no dia 2 de outubro de 1992.