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Bebê que nasceu após a mãe ter morte cerebral deve começar reabilitação

O bebê deve receber alta da UTI e ser transferido para Unidade Intermediaria

28 AGO 2017 • POR Da redação • 10h18
Reprodução

Yago, o bebê que foi mantido no útero da mãe depois de morte cerebral, deve começar tratamento de reabilitação nesta semana. O bebê deve receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI) e ser transferido para Unidade Intermediaria.

Segundo a assessoria do Hospital, Yago está estável e a alta está prevista para a próxima quarta-feira (30). “A unidade intermediária é uma reabilitação, ele vai continuar o tratamento, mas os cuidados são diferentes da UTI”, explica.

Na unidade intermediária, o tratamento é voltado para o desenvolvimento do bebê. “Ele vai aprender a sugar, vai fazer fisioterapia respiratória, já que antes ele fazia uso de respiração mecânica além da fisioterapia física”, descreve a assessoria do Hospital. 

O bebê nasceu no dia 31 de março com 27 semanas. Na primeira semana, o bebê recebeu o primeiro leite materno via sonda oral. Yago é acompanhado por uma equipe multidisciplinar do Hospital.  

Caso inédito

O caso de Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado pela troca de informações com médicos do Espírito Santo, Paraná e Portugal, onde houve situação similar. Com a morte encefálica da mãe, Renata Souza Sodré, 22 anos, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco.

Após a família decidir pela manutenção de Renata nos aparelhos para que Yago viesse ao mundo, a paciente começou a receber administração diária de medicamentos, pois com a morte cerebral, o corpo para de produzir hormônios, além de outras alterações ocorrentes. O trabalho envolveu todos os setores do hospital desde a equipe da limpeza até o corpo clínico. Todos os dias, Yago era acompanhado por exame de ultrassom.