Prestes a ser reinaugurada, rotatória tem história de má gestão
O ponto de estrangulamento do trânsito, com mais de 30 mil veículos por dia, ganhou semáforos
15 AGO 2017 • POR Da redação • 17h18Após quatro anos de promessas e transtornos para os motoristas, a obra na rotatória das avenidas Mato Grosso e Via Parque finalmente saiu do papel e será inaugurada nesta quarta-feira (15). O ponto de estrangulamento do trânsito, com mais de 20 mil veículos por dia, ganhou semáforos que prometem melhorar o fluxo no local.
A mudança já havia sido prometida por Alcides Bernal em 2013 quando foi eleito prefeito, mas só ficou na promessa. Em 2014 a substituição de rotatória pela semaforização foi licitada durante o período de cassação de Bernal. A obra que na época custaria R$ 1,3 milhão ao governo do Estado e mais 10% a prefeitura, foi licitada durante o curto período em que Gilmar Olarte ficou na prefeitura, mas ele caiu logo após. Já Alcides Bernal, que voltou ao posto de prefeito em agosto de 2015, deu a ordem de serviço em sua "gestão" , mas a execução da obra nunca aconteceu, mesmo com o recurso disponivel.
Quando Marquinhos Trad assumiu a prefeitura da Capital o convênio firmado em 2014 com o Governo do Estado e Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), que garantiu o investimento de R$ 1.319.132,50, estava se perdendo. Após uma verdadeira maratona juridica nos primeiros dias de janeiro a parceria foi mantida e nesta quarta, sete meses após a posse do prefeito e cinco meses após o início das obra finalmente ela será inaugurada.
A prefeitura de Campo Grande elaborou uma pesquisa de contagem veicular classificada na região urbana onde se localiza a rotatória entre as avenidas. De acordo com os dados técnicos coletados in loco o fluxo diário de veículos nesse cruzamento é 29.687, sendo que 40% desse total ocorrem no período das 9:00 horas às 18: horas. No chamado horário de pico, mais de 7 mil veículos circulam pelo local.
Considerando as vias do entorno (ruas laterais e paralelas) os estudos mostram que a região recebe diariamente um influxo de mais de 35 mil veículos, considerando as direções bairro/centro e vice-versa. O trabalho da Agetran mostra que nos horários de maior movimento o tempo de espera dos motoristas para cruzar as duas avenidas gira em torno de 15 minutos. Com a nova rotatória e a semaforização, esse tempo médio poderá ser reduzido para 3 a 5 minutos.
Todo o projeto custou R$ 1, 6 milhão, numa parceria entre Governo do Estado e Prefeitura Municipal, envolvendo Detran e Agetran. De acordo com os levantamentos a opção pela implantação de um viaduto no local se mostrou inviável visto o custo elevado da obra ( R$ 36 milhões) e o tempo para sua implantação ( projeto, licitação e execução) que, estima-se, poderá ultrapassar o período de seis anos.
A Agetran simulou todos os dados de fluxo de veículos no local por meio de um programa computadorizado, feito com base em contagem diária de veículos, demonstrando que a redução da circunferência da rotatória, aumento da largura das pistas e implantação de semáforos e sinalização, haverá mais rapidez e segurança para motoristas, motociclistas e pedestres.