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Temer: governo toma medidas rigorosas, mas necessárias para equilibrar contas

10 AGO 2017 • POR Agência Brasil • 18h12

O presidente Michel Temer afirmou hoje (10) que, muitas vezes, o governo toma medidas rigorosas, mas que são necessárias para o equilíbrio das contas públicas do país. Segundo o presidente, seu governo não adota medidas populistas, que rendem aplausos imediatos, mas no futuro causam prejuízos ao país.

“Falei em diálogo, de um lado, e responsabilidade fiscal, de outro lado, e hoje, da responsabilidade social. A cada dia, nós praticamos um ato. Ora da responsabilidade fiscal, ou seja, o governo não mente para o povo brasileiro, faz, muitas vezes, toma medidas rigorosas, mas indispensáveis para a higidez das finanças públicas do nosso país”, disse o presidente, em discurso na cerimônia na qual foram divulgados dados sobre a distribuição dos resultados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Temer destacou que é preciso fazer uma distinção entre medidas populistas e populares no momento de tomar decisões. “Sempre fazendo uma distinção muito clara entre as medidas populistas, que são aquelas que, produzidas hoje, ganham aplausos amanhã, mas causam um grande prejuízo depois de amanhã. Eu as distingo das medidas ditas populares. Estas, sim, praticadas hoje para ter o reconhecimento popular muito tempo depois. E é o que nós temos feito.”

O presidente reforçou a importância do diálogo e citou especificamente o diálogo com o Congresso e a sociedade. O diálogo permite a percepção dos problemas do país, o que não ocorre àquele que se “encastela”, afirmou Temer.
“É exata e precisamente em função do diálogo que você acaba tendo a percepção dos problemas do país. Se você se encastela, se encasula e não dialoga, você não recebe as naturais sugestões que surgem precisamente da conversa ampla que se faz ao longo do tempo.”

Durante o discurso, ao lado dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, o presidente falou sobre economia e disse que a inflação está “caindo sensivelmente”. Temer também citou as recentes quedas na taxa básica de juros (Selic) e disse que a indicação é de que o indicador esteja caminhando para chegar ao fim do ano a 7,5%. Atualmente a Selic está em 9,25% ao ano.

Na cerimônia desta tarde, a Caixa Econômica Federal anunciou que, até o final de agosto, vai depositar R$ 7,8 bilhões nas contas do FGTS de 88 milhões de trabalhadores, como distribuição dos resultados do fundo. Em média, serão creditados R$ 29,62 em cada conta.

Com isso, a rentabilidade das 245,7 milhões de contas chegará a 7,14%. De acordo com a Caixa, o lucro líquido do FGTS no ano passado foi de R$ 14,555 bilhões.