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Juiz manda avaliar laudo que soltou filho de desembargadora

4 AGO 2017 • POR Da redação • 19h05

Dois psiquiatras forenses de São Paulo irão avaliar Breno Fernando Solon Borges, de 37 anos, filho da desembargadora Tânia Garcia Freitas Borges, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul. Um dos motivos seria o fato de Mato Grosso do Sul não possuir profissional especializado para realizar a perícia em Breno.

De acordo com uma das páginas  do processo,  o juiz Idail De Toni Filho, da Vara Única de Água Clara, entrou em contato com a Coordenadora Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul e foi informado que “não há nos quadros do IMOL profissionais da área de Psiquiatria Florense, ou seja, não consta no quadro de peritos oficiais profissionais com especialização necessária para realizar a perícia no acusado”.

Sendo assim os psiquiatras forenses Guido Palomba e João Sampaio de Almeida Prado foram convocados para elaborar laudo sobre a saúde mental do acusado. Além disso, o juiz nomeou o advogado Gustavo Gottardi como responsável por Breno.

 Fato Novo

A nova postura do magistrado abre outra perspectiva na novela que envolve Breno. Apesar de execrado por toda a mídia e a opinião pública, o laudo psicológico que avaliou e justificou a  transferência do filho da desembargadora  para uma clinica particular, em momento nenhum foi avaliado a fundo  pelo judiciário. 

O fato concreto foi constatado pelo próprio condutor do processo: não existe  um profissional gabaritado para tal  nos quadros do estado de Mato Grosso do Sul.

A postura do juiz Idail De Toni Filho sereno ao reconhecer o fato, mesmo que tardiamente, pode finalmente encaminhar essa questão para uma conclusão e responder em definitivo a maior das indagações: afinal o acusado é ou não é um "desequilibrado"?  Fica em aberto inclusive a possibilidade de se confirmar  a avaliação atual, que concluiu pela necessidade de internação.