Tomada de Al Raqqa será "golpe decisivo" no Estado Islâmico, diz general dos EUA
A coalizão apoia as Forças da Síria Democrática
6 JUN 2017 • POR Agência Brasil • 14h11A ofensiva contra a cidade de Al Raqqa, no nordeste da Síria, representará um "golpe decisivo" na ideia de califado do Estado Islâmico (EI), disse hoje (6) o comandante da coalizão internacional que combate os jihadistas, o general norte-americano Stephen Townsend. A informação é da EFE.
"É difícil convencer novos recrutas de que o EI é uma causa vencedora quando o grupo perder suas duas 'capitais gêmeas', tanto na Síria como Iraque", disse Townsend em um comunicado, em referência às cidades de Al Raqqa e Mossul, esta prestes a ser recuperada no Iraque.
"O Estado Islâmico ameaça todas as nossas nações, não só o Iraque e a Síria, mas também nossos países [ocidentais]. Ele não pode ser tolerado", disse Townsend, citando os últimos ataques no Reino Unido.
Longa e difícil
A coalizão apoia as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas que começou nesta terça-feira uma ofensiva contra Al Raqqa, considerada como a capital do califado autoproclamado pelos radicais em junho de 2014. O general afirmou que a luta para recuperar a cidade será "longa e difícil", mas representará um duro golpe nos jihadistas.
No texto, o general disse que a FSD e a coalizão iniciaram as operações na província de Al Raqqa em novembro. Desde então, as tropas se aproximaram e fizeram um cerco ao redor da cidade.
A nota destaca ainda que a milícia curda pediu aos civis para deixarem a região para que não sejam sequestrados ou usados como escudos humanos pelos membros do EI.
A FSD afirmou que, após a conquista de Al Raqqa, um órgão representativo de civis da região ficará encarregado da segurança e do governo local.