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Tratamento de criança com doença rara pode ser interrompido em janeiro por inadimplência da prefeitu

Valor ultrapassa R$ 70 mil

9 DEZ 2016 • POR Gerciane Alves • 08h00

Sem nenhum posicionamento da Prefeitura de Campo Grande a respeito da dívida de mais de R$ 70 mil, a empresa KZT Serviços Médicos de Atenção Domiciliar, responsável pelo atendimento “Home Care” do pequeno João Lucas Garcete Bervig, de apenas três anos, poderá interromper os serviços em janeiro de 2017.

De acordo com um documento encaminhado para a mãe de João Lucas, Mônica Bessa, de 28 anos, a dívida vem se arrastando desde abril deste ano e o valor atualizado é de R$ 73.603,08. Mônica sofre mês após mês sem ter nenhum posicionamento da prefeitura a respeito do tratamento que foi conseguido na Justiça.

No documento a empresa destaca que se o valor da dívida não for quitado o quanto antes, o tratamento de João Lucas poderá ser interrompido no dia 10 de janeiro de 2016. Esta não é a primeira vez que ocorre atraso no pagamento do tratamento do pequeno João que com miopatia metabólica, uma doença rara que atinge a estrutura muscular, luta contra a doença desde os primeiros meses de vida. 

A redação do JD1 tentou contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande) e com o secretário de Saúde Ivandro Fonseca, mas até a publicação desta matéria as ligações não foram atendidas.

Atendimento

O atendimento mensal de João Lucas no sistema home care tem custo de R$ 28 mil e desde que nasceu ele ficou quase seis meses em no Hospital Regional na Capital. A mãe era moradora em Bonito e teve que mudar a vida e a rotina da família, para atender a criança. Ela tem mais um filho, um menino de nove anos, mas precisa que se dedicar integralmente ao pequeno, que além de tudo faz alimentação por sonda.

Ir para casa foi somente com determinação judicial, quando Mônica conseguiu o home care, que é o tratamento domiciliar com enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, médico e fonoaudiólogo por tempo vitalício.