Geral

Médicos reclamam de "rombo" na Saúde

Faltam leitos, estrutura e vacinas

10 JUN 2016 • POR • 07h22
Ocorreu um sumiço de 3 mil doses da vacina contra a Gripé Influenza

O governo do Estado do Mato Grosso do Sul e também a Prefeitura de Campo Grande não tem atendido as demandas necessárias da Saúde do Estado. É isto o que estão dizendo os médicos, enfermeiros, funcionários e principalmente, os pacientes.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Arinos, afirma que a situação é grave em muitos sentidos. Uma sindicância da Sesau e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) recentemente tiveram de ser instauradas para investigar o sumiço de cerca de 3 mil doses que foram repassadas à Prefeitura de Campo Grande. Não bastando isso, a CPI da Câmara dos Vereadores também deverá averiguar uma denúncia de que 35 pessoas fora do grupo prioritário foram vacinadas no gabinete do prefeito, Alcides Bernal. Entre elas, estariam dois vereadores, o prefeito, assessores e secretários.

Já no interior do Estado, a situação não melhora. Segundo um documento divulgado pela Ministério da Saúde no dia 27 de maio, Mato Grosso do Sul teve uma cobertura vacinal menor do que a média nacional. Cerca de 88,4% da meta foram imunizados, enquanto a média nacional foi de 91%.

No dia 12 de maio, o Ministério Público Estadual (MPE) também apontou que a falta de leitos é o principal problema da Saúde do Estado. De acordo com o órgão, os problemas são variados: vão desde a falta de medicamentos até a estrutura precária dos postos de atendimento, mas a falta de leitos é ainda um agravente dos mais sérios no Estado. Rosana Leite de Melo, presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul disse, em entrevista, que pacientes estão morrendo na porta dos hospitais por falta de atendimento e que isso se deve à diversos fatores como a situação política do país e também problemas em gestão.