Morte de bebê que comeu granola de encomenda sem remetente é investigada
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte apura suspeita de envenenamento
24 ABR 2025 • POR Sarah Chaves • 13h52
A morte de uma bebê de oito meses, identificada como Yohana Maitê Filgueira Costa e a internação de uma prima de segundo grau, Geisa de Cássia Tenório Silva de 50 anos, em Natal é investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte por suspeita de envenenamento.
O caso aconteceu na semana passada, Geisa estava recebendo encomendas constantes sem remetente. No dia 13 de abril, recebeu uma pelúcia e chocolates, mas nada aconteceu após a ingestão. Na segunda vez, ela recebeu um açaí com granolas e ao compartilhar o alimento com a filha da prima, que considerava sua sobrinha a pequena começou a passar mal.
Yohana passou mal 40 minutos após comer o açaí. A mãe a levou até a UPA e quando ela seria transferida para um hospital, acabou falecendo na ambulância. A avó e Geisa também passaram mal, mas como a mulher de 50 anos vomitou e ficou bem, a família e os médicos pensaram que a reação foi em resposta a morte da bebê.
Apenas na terceira vez que a mulher recebeu um açaí, logo no dia seguinte a morte, e passou mal após comer, foi que o filho de Geisa foi orientado pelos médicos a procurar a Polícia Civil, até então a família achava que a mulher tinha um pretendente misterioso. "Ela estava suando bastante, tremendo a mão, não tinha força nem pra falar nada, espumando, e aí começaram a desconfiar que aquilo era caso de envenenamento", disse o filho ao G1.
A Polícia Civil confirmou que investiga o caso, mas disse que ainda aguarda laudos periciais para confirmar se, de fato, houve envenenamento. "O alimento consumido foi encaminhado para análise toxicológica, mas o laudo pericial ainda não foi concluído. Existe a possibilidade de envenenamento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada. Testemunhas foram ouvidas e a Polícia Civil segue acompanhando o caso para dar continuidade à apuração dos fatos", informou a corporação.
Os investigadores levaram as amostras do açaí, dos papeis que chegaram com a encomenda ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), para aprofundar a investigação. Ainda de acordo com ele, a polícia já colheu digitais e busca identificar o motoentregador para saber quem pediu as corridas.