Polícia

Homem finge ser policial federal para aplicar golpes em Ponta Porã

Ele acabou sendo preso durante a tarde de domingo, após a vítima desconfiar das alegações do autor

31 MAR 2025 • POR Brenda Assis • 17h41
Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã - Divulgação/PCMS

Um rapaz, de 25 anos, foi preso durante a tarde de domingo (30) em Ponta Porã por estar se passando por policial federal para aplicar golpes em mulheres da cidade. Segundo a vítima, o indivíduo foi apresentado a ela há cerca de três semanas por um amigo em comum.

Conforme as informações policiais, o autor disse que era policial federal do estado de São Paulo e estava lotado em Ponta Porã. No decorrer da conversa com a vítima, ele afirmou ter começado a cursar medicina, mas não estava conseguindo conciliar com as missões do trabalho. 

Durante o período em que mantiveram contato por redes sociais, o homem pediu R$150,00 emprestado para a vítima, alegando problemas com sua conta bancária e com a realização de transferências via Pix.

Na última sexta-feira, dia 28 de março, ele entrou em contato novamente, dizendo que havia acabado de retornar de uma missão no Acre e pediu para se encontrar com a vítima. Ao longo do encontro, o homem fez diversas manobras que levantaram suspeitas, como a guarda de uma arma na porta do veículo e uma conversa estranha sobre um processo envolvendo o ex-marido da vítima na polícia paraguaia.

Em uma tentativa de aplicar um golpe, o autor disse que o ex-marido da vítima teria um processo por enriquecimento ilícito na polícia paraguaia e que a investigação poderia ser “arquivada” por um pagamento de R$ 7 mil, que ele afirmou ser possível negociar para R$ 5 mil. Ele então forneceu à vítima a chave Pix dele e pediu que ela disse ao ex-marido que efetuasse o pagamento.

Desconfiada da história, a mulher procurou seu ex-marido, que também achou o relato estranho. Juntos, eles decidiram procurar a Polícia Civil para registrar a ocorrência. Após o depoimento da vítima, equipes da Polícia Civil foram até a residência do homem, onde o encontraram.

Como ele não respondeu às tentativas de contato, foi necessário o uso de uma bomba de efeito moral para adentrar o local, já que havia a suspeita de que ele estivesse armado. Em depoimento, ele afirmou que possuía uma arma de Airsoft, a qual usava para se passar por policial federal em festas e para se aproximar de mulheres.

O indivíduo admitiu que não possuía uma carteira falsa de policial, mas frequentemente exibia uma carteira de forma rápida, usando sua CNH, para enganar seguranças e conseguir acesso a locais restritos.

Além disso, ele relatou já ter pegado dinheiro emprestado se passando por policial. Ele foi preso em flagrante e está à disposição da Justiça para responder pelos crimes cometidos.