Polícia

Feminicida de Bruna Maroto, no Los Angeles, será interrogado nesta segunda

Edvan da Silva desferiu vários golpes de faca contra a cabeça da companheira

31 MAR 2025 • POR Luiz Vinicius • 10h22
Edvan responde por feminicídio de Bruna - WhatsApp/JD1 Notícias

Edvan da Silva Rodrigues, de 43 anos, acusado de matar a facadas a companheira Bruna dos Santos Maroto, de 26 anos, no final de dezembro do ano passado, deve ser ouvido na tarde desta segunda-feira (31), durante audiência de instrução e julgamento, em Campo Grande.

Algumas testemunhas, envolvendo policiais, delegado e até o pai da vítima, também deverão ser ouvidos. Ao final delas, o réu deverá ser interrogado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Edvan desferiu golpes de faca contra a companheira Bruna na noite do dia 27 de dezembro, em uma residência na rua Lauro Muller, no bairro Los Angeles, em Campo Grande.

Ainda segundo detalhes da denúncia, o homem e a jovem mantinham um relacionamento amoroso, mas durante uma briga entre eles, o réu desferiu diversos golpes de faca contra a cabeça da vítima, que ocasionaram a morte de Bruna. Após o crime, Edvan fugiu do local, mas foi encontrado por policiais em posse da faca usada no crime.

O Ministério Público salientou no documento que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ser por razões do sexo feminino em condições de violência doméstica, reiterando que o crime de feminicídio aconteceu enquanto havia uma medida protetiva contra o réu.

Como divulgado pela reportagem dias após o caso, Edvan tentou mudar o contexto da história, alegando que teria ido ao supermercado comprar coisas para que eles pudessem fazer uma janta, mas quando teria retornado para a casa, encontrou a vítima já sem os sinais vitais.

O suspeito ainda destacou que o local onde eles conviviam também era frequentado por usuários de drogas e várias pessoas passavam por ali, mas ele não soube dizer ou apontar quem seriam as pessoas.

O relacionamento entre Bruna e o companheiro já era bastante violento, tanto que houve vários registros de ocorrência por parte da vítima contra o suspeito, contudo, ela sempre retirava algumas delas. A última ocorrência registrada foi em novembro do ano passado.